Sofística
(uma biografia do conhecimento)
41.43 – A covardia ou temerosidade do autor na exposição da Sofística.
Ensina Kerferd:
“Uma lista longa, e talvez sejamos criticados por sentir que ela representa o processo mesmo de transição de uma antiga e tradicional representação do mundo para um mundo que é intelectualmente o nosso mundo, com os nossos problemas. No entanto a tentativa de interpretar os sofistas nessa linha mal começou. O que se segue neste livro é bem um primeiro passo. Antes de prosseguir com as interpretações nessa linha, será contudo útil, julgo eu, tratar brevemente de dois tópicos preliminares — a história das tentativas passadas de avaliar o movimento sofista, essencial para se compreender por que sua importância foi tão subestimada até agora, e a situação histórica e social que produziu a atividade dos sofistas.” [Osório diz: Osório diz: Kerferd, contudo, e como muitos outros autores, mostra-se medroso ou temeroso, em assumir não a defesa dos Sofistas, mas a própria realidade histórica, mas até entendo: são professores e têm receio, certamente, de perder seus empregos. Hegel ensinava em uma monarquia, era empregado do príncipe, como então, ter autonomia de dizer diretamente o que pensava? Por isso ficava nas curvas de seu pensamento tortuoso!]. (Fonte: O movimento sofista, G. B. Kerferd, tradução de Margarida Oliva, Loyola, São Paulo, 2003, p. 12).