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Poesia: deleite-se ou delete-me (06.02.15).

Maraãvilhosos,

Chaves   chileno

 

"O primeiro ato de criação física foi a luz. Assim, o caos poderá ser pintado com todas as formas, mesmo as mais estranhas, uma vez que o belo não é belo. O belo é apenas assim percebido como tal". Autor: Caio Fábio D'Araujo Filho.

 

Dia desses, lendo a matéria “Homem abre fêmea morta em praia e salva três filhotes de tubarão” (em: http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2014/12/04/homem-abre-femea-morta-em-praia-salva-tres-filhotes-de-tubarao-556186.asp.), veio-me a minha infância à mente e recordei a seguinte historinha que contei a uma amiga:

 

- Já em Maraã, papai criava uma porca – mulher do porco, não a peça de ferro que se une ao parafuso –, no quintal de casa. Estava ela prenhe. Numa manhã acordei com a mamãe sendo parteira do infeliz animal, tentando fazer com que ela parisse seus bacorinhos, que os nativos chamam de 'bacurins'. Não obteve sucesso, pois uma 'tripa', acredito, impedia a saída dos filhos. Então, por piedade e por precaução alimentar, resolveram sacrificar o animal. Assim que um dos presentes cacetou a porca com um machado e a sangrou com uma faca, eu, então com cerca de onze anos, apanhei a faca e, com cuidado e pressa, rasguei o ventre da infeliz, tirando de dento do útero dela um de seus filhotes. A emoção foi tamanha com aquele retirado que esqueci os demais. Salvei um quando poderia ter salvado todos.

 

- Já eras médico aos onze?!

 

- Para espanto dos presentes que afirmaram jamais ter tido tal idéia.

 

- Daí seu cabeção imenso.”.

 

Portanto, o parteiro de “tubaroa” não me causo espanto!

 

O vídeo está no endereço abaixo, mas pessoas sensíveis, que nem eu, não devem olhar as fortes cenas.

 

Veja em: https://www.youtube.com/watch?v=GN3NaNv-mkA.

 

Abraços,

 

Osório

POEMEMOS:

 

Poesias em doses:

 

Amo sua voz e sua cor e o seu jeito de fazer amor (Kleiton e Kleidir).

 

Hoje eu vou tomar um porre, não me socorre que eu feliz (União da Ilha / 1981).

 

Toda vez que ela fala, ilumina mais a sala do que a luz de um refletor (Lupicínio Rodrigues).

 

Bebo porque gosto de beber,

amo porque gosto de amar,

sofro mas não gosto de sofrer (Bonde do Forró).

 

O amor é uma gota dágua num cristal (José Luis Perales).

 

Deus te proteja pela onda de alegria

que me invade todo dia

quando encontro com você (Wando).

 

Toda vez que você cruza meu caminho eu esqueço que sozinho eu nasci e vou morrer (Wando).


 

Eu sou como um cristal bonito,

que se quebra quando cai (H. de Aquino).


 

Eu sou nuvem passageira,

que com o vento se vai (H. de Aquino).


 

A medida do amor é o amor sem medida (S. Agostinho).


 

Penso, logo TU existes (OSBS, quase Descartes).


 

Por elas as palavras sabem virar poesia (J. M. Soto / Biafra).


 

Por que, se os sofistas estavam errados (Platão e Aristóteles), a verdade não apareceu até hoje? (OSBS).


 

O objetivo das palavras é dar ao pensamento o mesmo gênero de publicidade reclamado pelos objetos físicos (B. Russell).

 

Hay algo más fuerte que a la libertad: el odio a quien te la quita.


 

Sejamos realistas: exijamos o impossível.


 

Sem você meu amor eu não sou ninguém (Vinícius de Moraes).


 

Mas aceitemos que já tenha sido dito, seriamente, que os poetas mentem demais: e com razão – NÓS mentimos demais (Nietszche).


 

Que lágrimas são a água e o nome Amores (Camões, poeta difícil de ser lido! Deveria ser traduzido para o português!!! Rs.)


 

Boca de fonte, oh boca generosa / dizendo sempre a mesma água clara (Rainer Maria Rilke, por Fereira Gullar).


 

e,


 

Matandoosujeito


Vou matar o sujeito, aos pouquinhos, assim:

 

sujeito,

ujeito

jeito

eito

ito

to

o

 

São Paulo, 24.06.07.

e,

 

Paraíso santareno

 

Deus expulsou, um dia, Adão do paraíso

porque pecou com eva por amor.

desceram à terra e se foram no horizonte.

em busca do lugar onde não existiria a dor.

e vagaram por vales, serras e montanhas,

e suas desilusões foram tamanhas

que já desistiam de viver... quando, de repente,

Adão cansado, sem esperança, subiu ao monte,

vislumbrando a terra prometida,

de onde vinha uma luz resplandecente!

chamou eva que admirou, enternecida...

e os dois seguiram do antanho para o além,

chegando no paraíso novamente,

na foz do tapajós, em Santarém!

 

Autor: Tonzinho Saunier-1990.

 

e,

 

Poesia de rua(1)

 

 

 

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