Flor que enfeita a escolinha pública da minha filha Tunica! Portanto, escola privilegiada, pois tem, no mínimo, duas flores.
A quem Cícero Augusto Pujol Correa promete, ele nunca falha! Vejam a tradução que nosso colega, que conhece todas as línguas faladas em todas as galáxias, fez de um texto enviado em outra oportunidade (27.06.14):
** Treze pessoas, pelo menos, sofreram um intoxicação no final de semana passado após assistirem leitura pública de um poema em mau estado, segundo assinaram fontes do Institut Català de la Salut (ICS). Das treze pessoas afetadas por "pesar vital, dor na alma e um amor desenfreado por uma pessoa indeterminada, talvez um ideal", entre outros sintomas, pelo menos seis pessoas continuavam na tarde de domingo chorando no Hospital de Sant Pau e "procurando respostas no ocaso", conforme palavras dos médicos que as atenderam.
A Rosa do Deserto, o lugar de Barcelona onde teve lugar a leitura pública do poema em mau estado, foi fechada esta manhã. "A poesia é uma arma carregada de futuro e em mãos erradas acontece o que aconteceu, merda! Por sorte, há poucos aficionados da poesia hoje em dia e não devemos falar em pandemia", explica um dos policiais que fechou o estabelecimento. O poema, que não se pode traduzir por motivos evidentes, iniciava com os versos "Não louves minha beleza mal cuidada" e terminava com a expressão "poço sombrio".
O departamento de intoxicações alimentares do ICS já abriu uma investigação para determinar, mediante comentários de texto, qual dos versos é o que submergiu em profundo estado de pesar aqueles que assistiram à leitura. O poeta aficionado, autor do poema em questão, já está detido à disposição da Justiça e será obrigado a justificar todos os recursos estilísticos usado no texto. Assim se comprovará se os copiou de algum "site" e se o poeta tem condições de abrir seu coração em logradouros públicos ou deveria resignar-se a guardar seus versos e sentir-se incompreendido e eternamente desamparado
As pessoas intoxicadas só conseguem falar usando um "linguajar florido".
"Quando saí do café já comecei a sentir-me estranho, diferente, mas quando cheguei em casa senti um desassossego que parecia que minha alma ia partir-se em duas", confessa um dos afetados. Desde então, não foi capaz de superar a aflição em que se encontra imerso nem deixar de falar num "linguajar florido". Falando pelo telefone, reconhece que sentiu vontade de terminar com sua vida. "Visto desde fora parece horrível morrer, mas pode ser que seja a única saída diante desta confusão total que é a vida, à que podemos considerar o cálculo total de algo que em realidade não aconteceu. Ao desligar o telefone disse: "Não posso deixar de anotar a beleza desde momento em minha caderneta, ulmeiro (planta da família do carvalho europeu) reverdecido."
Não todos os afetados procuraram por conta própria os centros hospitalares, muitos foram aconselhados por seu familiares, que os acharam como que desligados de tudo. "Vê-se que calou muito em meu marido um verso de Petrarca que foi lido nessa leitura pública, pois se vestiu de roupas medievais e começou a recitar 'Marisa, sinto por ti um fogo gelado e teus dentes reluzem como aquecedores de casa' e outros recursos linguísticos típicos do petrarquismo, mas usados com muito má sorte. fiquei em dúvida entre dar-lhe dois tapas ou levá-lo ao hospital e, para não deixá-lo mais triste, eu o levei ao hospital", explica. Outro dos afetados não para de dizer "Me sinto completamente sexta-feira", o que obrigou os médicos que o atendem a improvisar um pequeno foro literário para interpretar entre todos o que o "poeta" está tentando dizer e assim poder diagnosticá-lo.
Não é o primeiro caso de poesia em mau estado que surgiu na mídia nos últimos meses. Em novembro passado, a polícia interceptou no porto de Barcelona um carregamento de poemas do "Machado chinês" que eram feitos a base de sentimentos falsos.**
Beber cachaça é uma arte, e quando acompanhada de outra arte então...
O autor da flor de caju é o Ricardo, um jovem baiano que mora a pouco tempo em São Paulo, mas, podendo simplesmente picar o caju, teve a sensibilidade de tornar belo o que é prazeroso. Obrigado a ele!
Vejam que frase legal:
Mais uma poesia de rua paulistana:
Sei que você não é velhoa, mas lembra do desse chiclete:
Minha semana foi profícua com o cafezinho, vejam os desenhos:
e,
Abraços,
Osório
POEMEMOS:
Arte
Minha mulher me pede
para pregar um quadro
na parede. E ri,
quando não consigo.
Minha mulher me pede,
para fazer, em casa,
isto ou aquilo. E ri, então,
de minha nenhuma habilidade.
Minha mulher me pede
uma torneira sem pingar, um ferro
de passar que passe. E, logo,
dá boa risada.
Minha mulher não sabe
que escrever poemas
é também
uma arte.
Porque não sei fazer consertos
domésticos - o prego não prega, o chuveiro
quase esquenta -
escrevo poemas.
Bem que eu poderia
ter nascido carpinteiro,
como José, filho de Davi.
E minha mulher riria diferente.
Autor: José Osterno Campos de Araújo, para variar!
e,
“Mais que craque, fenômeno. Mais que fenômeno, símbolo. De como o impossível - a exemplo do próprio país onde nasceu - pode se tornar possível: pernas tortas, analfabeto, imaturo, vida desregrada, repertório de jogadas limitado a um previsível drible pela direita, com tudo isso foi um dos maiores de todos os tempos e lugares. Bicampeão mundial (o segundo título sendo obra principalmente sua), jogava como se brincasse. E, brincando, fazia-se arma temida por todas as defesas do mundo.”
Colhi o texto acima, por entendê-lo poético, no Museu do Futebol aqui em São Paulo (fica no Estádio do Pacaembu) e a fonte é a Agência Estado. Sabem a quem é o descrito? Claro que é: GARRINCHA – nascido em Pau Grande, RJ, 1933 – morreu em 1983.