é um ímã a atrair meus pensamentos,
onde quer que eu esteja,
faça eu o que faça.
Sua gente, pobre e desdentada,
é o retrato vivo do que fui um dia,
do que sindo saudade,
do que sonho em ver mudar.
Não pela pobreza em si,
mas para que ocorra a ausência de dor,
pois todos lá são dignos na pobreza,
uma vez que esta não é sinônimo de indignidade.
O abraço caloroso,
o aperto de mão grossa e calejada,
o cuspe no rosto,
quando o bêbedo dá a gravata e mantém nosso rosto junto ao dele,
é prova de vida viçosa,
de carinho sem limites,
de compartilhamento de alegria que teima em ser explícita,
tudo a inundar a todos:
de sabor de companheirismo que dá força para se seguir vivendo.
Se é que há vida longe de Maraã!