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Poesia: deleite-se ou delete-me (31.01.14).


 

Maraãvilhosos,

 

M Rosa(1)

(Maria Rosa do Carmo Silva Barbosa, minha filha, herdeira de minhas dívidas!)

 

 

D. Elci era uma senhora de cerca de 90 anos, mãe de várias filhas, e de alegria contagiante. A família festeira morava em Manaus.

Um dia, estávamos em uma festa de aniversário tomando todas para aplacar o calor escaldante da cidade. D. Elci era esportista, exímia levantadora de copo! No que, eu costumava acompanhá-la. Era o que ocorria nesse dia.

A alegre senhora foi ao toalete, creio, e deixou seu copo de cerveja sobre a mesa que ocupávamos. Alguém, sem querer, trocou o copo que ela usava, deixando outro em seu lugar, coisa que não prestamos atenção na ocasião.

Quando D. Elci voltou, morta de sede, pegou o copo e, num longo e ávido gole, sorveu o conteúdo.

Só ouvimos a D. Elci escarrando como se tivesse engolido uma espinha de peixe. Escarrou várias vezes depois que já estava sendo socorrida por todos, quando, então, perguntávamos aflitos a ela o que tinha acontecido. Ela, com cara de poucos amigos, parecendo que tinha bebido fel, bruscamente respondeu:

Eu pensei que essa porcaria era cerveja, mas era guaraná”!

Foi uma risada geral, pois além dela estar bem, demonstrou sua qualidade de rainha do copo!

Sabia D. Elci o que era bom!

Partiu e deixou saudades.

 

Abraços,

 

Osório

 

Poememos:

 

Andar por mundos desconhecidos é o meu desafio.

Destruir muros e cercas que aprisionam meus sonhos é minha missão.

Rir quando todos choram ou chorar quando todos riem.

Isso é a contradição que me guia.

A busca de ver o belo onde só há fealdade.

Nascer onde todos querem morrer.

A contradição pela esperança é o meu astrolábio.

 

São Paulo, 13.09.04.

 

"Não adianta lutar. A libido morre bem depois da esperança."

 

Autor: Domingos de Oliveira em Juventude (2008).

 

e,

 

"Desculpa, não te reconheci, eu mudei muito."

 

Autor: Oscar Wilde.

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