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In Poesia

Poesia: deleite-se ou delete-me (23.12.13).

Semelhantes,

 

Maria Rosa1

 

 

Embora cada vez mais descrente, não posso deixar de respeitar que pensa ao contrário!
 
Daí, embora de férias, estou passando por aqui para desejar-lhes, na verdade renovar-lhes o desejo de sempre, muita saúde, pois o resto é consequência, sendo o tempo o bálsamo geral de tudo!
 
Que em 2014 realizemos os sonhos que não conseguimos concretizar até 2013.
 
Eu, antecipadamente, já ganhei meus presentes, os quais, por serem tão importante para mim e a quem se predispõe à incompreensão de alguns de enviar uma poesia às sextas, divido-os com todoas. Vejam:

 

Goethe Odilon Freitas de Abreu 13/11/2013 17:22

 

Querido Osoяio,

 

O "Я" do seu nome existe no alfabeto russo, transliterado como "ya"; equivale ao "I" do "I am" inglês: "Я Osório" -- > "Eu sou Osório"

 

Estimulado pela singela descoberta, brinquei um pouquinho mais com outras formas de escrever "Osório" em cirílico, baseando-me apenas na fonética, até chegar à minha favorita:

 

Ёзорю

(Põe no tradutor do Google e ouve!)

 

Essa grafia não lhe lembra... "Esopo" ????!!!!

Pois é..., será que na origem do bom "Osório" não seria outro senão o venerável "Esopo"???!!! :)

 

Abçs,

 

Goethe

 

PS1: Parece haver pequena imprecisão na pronúncia do Google, que deveria soar como "Ozoryu";

 

PS2: Em russo "Esopo" escreve-se "Эзопа";

 

PS3: Sim, Esopo era grego. Mas lá também o "rô" parece o nosso "p"! Quiçá o grego.

 

Vai que Αἴσωπος (Aísōpos) --> latinisado como "Aesopus" --> (tres)lido por gregos como "Aesorius" --> deu em... "Osório"!


PS5: "livre pensar é só pensar"!

 

PS4: Sobre as vicissitudes do IPL x Processo de Instrução, falamos outro dia, pode ser?

 

novos abçs.”

 

Mesmo que o Goethe não fosse quem é, tendo feito o que fez para ser o nosso Goethe, seu nome já seria suficiente, mas ele foi além!

 

Obrigado, querido pelo trabalho que lhe dei! Mas mais obrigado por tê-lo feito, pois encantou mais ainda esse coração já quase-meio-fraco!

 

O outro presente:


"Pedro Roney Dias Ribeiro" > 25/11/2013 20:14 >>>

 

Caro Dr. Osório,

 

Venho acompanhando, em silêncio, há muito suas postagens no blog. E após 1 ano de MPF tomei coragem de parabenizá-lo por ser poeta e pela forma como expõe seus textos.

Como não sou tão eloquente, deixo aqui um trecho de Ervilha da Fantasia, no qual Paulo Leminski disse o que eu queria dizer, porém de forma muito mais adequada.

 

"Aos 17 anos todo mundo é poeta, junto com as espinhas da cara, todo mundo faz poesia. Homem, mulher, todo mundo têm seu caderninho lá dentro da gaveta, e têm os seus versinhos que depois ele joga fora ou guarda como mera curiosidade. Ser poeta aos 17 anos é fácil, eu quero ver alguém continuar acreditando em poesia aos 22 anos, aos 25 anos, aos 28 anos, aos 32 anos, aos 35 anos, aos 40 anos, eu estou com 41, aos 45 anos, aos 50, aos 60 anos, até você encontrar um poeta, por exemplo, como Drummond ou como o admirável Mário Quintana que são poetas que estão fazendo poesia há mais de 60 anos e há mais de 60 anos que a poesia é o assunto deles. Então eu acho que 90%, mais! 99% dos poetas que estão fazendo poesia hoje, daqui a dez anos eles vão estar fazendo outra coisa, porque vem a vida, vem os filhos, vem preocupações com dinheiro, vem as ambições do consumo, vem a necessidade de comprar isso, comprar aquilo, de adquirir uma casa na praia e tal, e tudo começa a se tornar mais importante do que a poesia. A poesia é uma espécie de heroísmo, você continuar ao longo dos anos acreditando nessa coisa inútil que é a pura beleza da linguagem, que é a poesia, é um heroísmo, é uma modalidade quase, às vezes eu gostaria de acreditar, de santidade. É uma espécie de santidade da linguagem. Porque a poesia não vai te fazer rico de jeito nenhum, é muito mais fácil você abrir uma banquinha e vender banana do que fazer poesia. Quer dizer, para você continuar acreditando em poesia é preciso muita santidade."

 

Pedro Roney.”

 

Obrigado, Pedro! Seu “silêncio” é muito eloquente e a passagem do Leminski é linda. Não conhecia!

 

É gratificante que algumas pessoas, dentre as quais as duas acima citadas, gostem de receber as mensagens semanais, pois isso nos leva a acreditar que, em 2014, continuaremos juntos!

Maria Rosa2

REIginaldo Rossi nos deixou esta semana! Uma lágrima por sua passagem, já que ele nos fez chorar tanto em tantas passagens.

 

Maraã, sempre vanguardista, já ouvíamos o Rossi por lá em 1974! Tinha um dos Pacholas (família de Coari que viveu alguns anos por lá), que era fã do Astro Pernambucano, e com quem aprendi a venerar o inspirado compositor e autor. Portanto, quando o sul maravilha adotou o Reginaldo, em Maraã ele ainda somente continuava seu eterno sucesso!

 

Vai o homem e fica a obra, a ser, talvez por alguns, agora, deixado o preconceito, conhecida e, se tal, admirada!

 

Reginaldo morreu fumando, infelizmente! Isso prova que nem o gênio era perfeito!

 

Por falar em fumo, no Amazonas, felizmente, não tempos duas pragas paulistanas: o fumo (quase ninguém fuma nas ruas, e as mulheres menos ainda!) e a buzina (há barberagem e nenhuma cortezia, buzina insolente, não).

 

(Vivo cercado de artistas! Sou feliz por isso! Os desenhos acima é da autoria de Maria Rosa do Carmo Silva Barbosa, de 15 anos e herdeira do meu legado negativo! Obrigado, filha!).

 

Abraços,

 

Osório

 

P.S.: Poemas e Cia desacompanhada:

Maria Rosa3

A Raposa e as Uvas

 

Lembro com muita saudade

Daquele bailinho

Onde a gente dançava

Bem agarradinho

Onde a gente ia mesmo

É pra se abraçar

 

Você com laquê no cabelo

E um vestido rodado

E aquelas anáguas

Com tantos babados

E você se sentava

Só pra me mostrar

 

E tudo que a gente transava

Eram três, quatro cubas

Eu era a raposa

Você era as uvas

Eu sempre querendo

Teu beijo roubar

 

E por mais que você

Se esquivasse

Eu tinha certeza

Que no fim do baile

Na minha lambreta

Aquele broto bonito

Ia me abraçar

 

Quando a orquestra

Tocava "Besame Mucho"

Eu lhe apertava

E olhava seu busto

Dentro do corpete

Querendo pular

 

Eu todo cheiroso

À "Lancaster"

E você à "Chanel"

Eu era um menino

Mas fazia o papel

Do homem terrível

Só pra lhe guardar

 

E tudo que a gente transava

Eram três quatro cubas

Eu era a raposa

Você era as uvas

Eu sempre querendo

Seu beijo roubar

 

E por mais

Que você se esquivasse

Eu tinha certeza

Que no fim do baile

Na minha lambreta

Contente pra casa

Eu ia te levar

 

E ao chegar em tua casa

Em frente ao portão

Um beijo, um abraço

Minha mão, tua mão

Com medo que o velho

Pudesse acordar

 

A pílula já existia

Mas nem se falava

Pois nos muitos conselhos

Que tua mãe te dava

Tinha um que dizia:

"Só depois de casar"

 

E tudo que a gente transava

Eram três, quatro cubas

Eu era a raposa

Você era as uvas

Eu sempre querendo

Teu beijo roubar

 

E por mais

Que você se esquivasse

Eu tinha certeza

Que no fim do baile

Na minha lambreta

Aquele corpo bonito

Ia me abraçar

 

Tudo que a gente transava

Eram três, quatro cubas

Eu era a raposa

Você era as uvas

Eu sempre querendo

Teu beijo roubar

 

E por mais

Que você se esquivasse

Eu tinha certeza

Que no fim do baile

Na minha lambreta

Aquele corpo bonito

Ia me abraçar.

 

Autor: Reginaldo Rossi.

 

 

e,

 

Ai Amor

 

Ai amor...

Você diz isso com jeitinho

Ai amor...

Quando eu te faço algum carinho

Ai amor...

Esse suspiro vem de dentro de você

Ai amor...

É tão gostoso ver teu corpo estremecer

Ai amor...

Quando eu te aperto em meus braços

Ai amor...

E quando eu sinto teu mormaço

Ai amor...

Também suspiro e fico louco sem querer

Ai amor...

Essa loucura do amor me faz dizer:

"Que eu não vivo sem você. Que só você me satisfaz. Que eu morreria em teus braços feliz ouvindo esses teus aiiiissss"

Ai amor...

Ai amor...

Ai amor, também suspiro e fico louco sem querer

Ai amor, essa loucura do amor me faz dizer:

"Que eu não vivo sem vc. Que só vc me satisfaz. Que eu morreria nos teus braços feliz ouvindo esses teus aiiiissss"

Ai amor...

AAAAAIIIIII...

 

Autor: Reginaldo Rossi.

 

 

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