“Osório,
Quando venho para o trabalho às sextas-feiras, já venho pensando que vou alegrar e completar meu dia com alguma leitura agradável enviada por você.
Tal leitura pode ser de qualquer pessoa, contanto que seja boa, tenha conteúdo, seja interessante, não interessa o quanto.
Bem, então, já que você tomou para si a responsabilidade de fazer a sua parte para tornar algumas pessoas mais felizes - e eu agradeço-lhe imensamente por isto - divulgando os pensamentos nobres de outras (sim, acho que escrever é uma forma ser nobre), envio-lhe o endereço do blog abaixo:www.0iluminista.blogspot.com.br (o 0 de 0Iluminista não é a letra "O", é o algarismo 0).
Nele há poesias e ensaios maravilhosos, lindos, profundos, escritos com todo o sentimento de alegria, de tristeza, de solidão, de frustração, de amor, de regozijo, enfim, do sentimento que envolve o poeta enquanto está escrevendo.
Espero que goste e divulgue. Abraço,
Xxxxx
PR/xxx
PS: Por favor, quando e se responder, faça-o só pra mim. Não mencione o meu nome no seu blog. Aqui na PR/xx todo mundo o lê e eu morro de vergonha de aparecer nele. Além disso, não estou fazendo nada demais para merecer aparecer nele, além de passar-lhe uma informação interessante, que poderia ser dada por qualquer um. Obrigada.”
Uma destas mensagens vale por todos os desaforos que, aqui e acolá, raramente, ainda aparecem!
Obrigado à autora por este lindo poema!
Visitei o sítio indicado e gostei!
(Tremoços, que eu só conhecia de nome e me foi apresentado recentemente, tanto assim que os clikei).
A imagem acima combina com a fala abaixo: meu mundo!
Por que bebemos tanto assim?
“Bar é um objeto que se gasta como camisa, isto é, depois de certo tempo de uso é sempre necessário comprar uma camisa nova e mudar de bar. É preciso escolher bem o nosso bar, pois tão desagradável quanto tomar um bonde errado é tomar um bar errado. O homem que toma o bar errado pode gerar aborrecimentos ou ser a vítima deles.
Não escrevo este artigo no bar. Não entendo pessoas que bebem para escrever. Georges Bernanos escrevia em bares com o risco de passar por bêbado, coisa que talvez tivesse sido (a afirmação é do próprio escritor católico) se as leis alfandegárias não taxassem tão alto os álcoois consoladores. A bebida consola; o homem bebe; logo, o homem precisa ser consolado. A dramaticidade fundamental do destino é o penhor dos fabricantes do veneno. Porque o álcool é um veneno mortal. Um veneno mortal que consola e... degrada o homem. Mas outro escritor católico (teve uma crise de irritação quando chegou a Nova Iorque durante a lei seca), o gordo, sutil e sedento G. K. Chesterton, nega que o álcool degrade o homem: o homem degrada o álcool.
Chesterton foi um louco que perdeu tudo, menos a razão; é claro, por isso mesmo, que a criatura humana é o princípio da degradação de todas as coisas sobre a Terra. O álcool é inocente. Só um típico alcoólico anônimo seria incapaz de entender a inocência do álcool e a inescrutável malícia dos homens.
Depois de dois escritores, cito agora um falecido artista de cinema, Humphrey Bogart, que dizia: "Todo homem está sempre três doses abaixo do normal." That's the question. Na verdade, não é bem isso: bebemos para empatar com o mundo. O mundo está sempre a ganhar da gente, de um a zero, dois a zero... Bebe-se na esperança de igualar o marcador. Uma ilusão, sem dúvida, mastoda la vida es sueño y los sueños sueños son. Calderón de la Barca, se bebia, era escondido; saiba portanto, leitor, que a sentença seguinte foi adulterada por mim: "Aún en sueños — no se pierde el beber bien."
Uma das exclamações mais doces (Luis de Góngora y Argote) da poesia espanhola é esta:
Oh bienaventurado
albergue a cualquier hora!
Um dos aforismos pungentes (Baudelaire) da literatura é este: "É preciso estar sempre bêbado — de vinho, de poesia, de religião."
Uma expressão popular: beber para afogar as mágoas.
Bernanos, Chesterton, Humphrey Bogart, o falso Calderón de la Barca, Góngora e o povo estão perfeitamente certos: o homem bebe para disfarçar a humilhação terrestre, para ser consolado; para driblar a si mesmo; o homem bebe como o poeta escreve seus versos, o compositor faz uma sonata, o místico sai arrebatado pela janela do claustro, a adolescente adora cinema, o fiel se confessa, o neurótico busca o analista. Quem foge de si mesmo se encontra; quem procura encontrar-se afasta-se de si mesmo. Não é paradoxo, é o imbricamento humano. E este é uma espiral inflacionária cuja moeda, em desvalorização permanente, é a nossa precária percepção da realidade. Somos inflacionados pelo nosso próprio vazio: a reação nervosa da embriaguez parece encher-nos ou pelo menos atenuar a presença do espírito desesperado dentro do corpo, perfeitamente disposto a possuir os bens terrestres e gozá-los. Espírito e corpo não se entendem: o primeiro conhece exaustivamente a morte, enquanto o segundo é imortal, enquanto vive. Daí essa tocata e fuga a repetir-se indefinidamente dentro de cada ser, este desequilíbrio que nos leva ao bar, à igreja, ao consultório do analista, às alcovas sexuais, à arte, à ciência, à ambição de mando e dinheiro, a tudo. As fugas e fantasias são tantas, e tão arraigadas, que se confundem com a própria natureza humana. Não seria possível definir o homem como um animal que nasce, alimenta-se, pensa, reproduz e morre; o que interessa no homem é o que sobra; o fundamental nele é o supérfluo. Uma jovem atirou-se sem explicação dum décimo andar, um cientista experimentou em si mesmo o vírus duma doença mortal, um artista passa vários anos de fome e incompreensão para realizar uma obra, os tranqüilizantes são vendidos aos milhões, multidões acreditam na santidade duma menina, cresce o número de doentes mentais, o alcoolismo é um mal que se generaliza — estas são as manchetes que interessam à psicologia do indivíduo e da coletividade. Todos esses fatos, superficialmente plurais, possuem na base a singularidade da tristeza. É preciso beber. A natureza deu-nos a embriaguez natural do sono. Oito horas de sono não bastam. É preciso estar bêbado — de vinho, poesia, religião. É preciso estar bêbado de todas as mentiras vitais (a expressão é de Ibsen): de poder, de luxo, de luxúria, de bondade, de satanismo (o doutor Relling para consolar um pobre-diabo inventou para ele uma personalidade diabólica), de idealismo, de Deus, de violência, de humildade, de loucura, de qualquer coisa. O álcool é tão-só a modalidade primária e comum à embriaguez. O bar é a primeira instância da causa do homem. O uísque (cachaça) é apenas uma das formas vulgares de todos os ritos milenares de encantamento.
O que comiam os centauros? O que transformava os homens em deuses? Que se comia durante as cerimônias dos Mistérios na Grécia? Provavelmente um cogumelo chamado amanita muscaria, incomparavelmente superior aos nossos melhores vinhos e aguardentes. O cogumelo leva-nos à morada de Deus — é o testemunho de uma médica e um banqueiro que o experimentavam várias vezes. Acredita Robert Graves que Sansão devia sua força aos cogumelos. A Sulamita refere-se aos cogumelos no Cântico dos Cânticos. Os indígenas mexicanos o usavam em suas festas rituais (culto ainda existente na província de Oaxaca). Portanto:
A embriaguez é religiosa, e o altar das religiões antigas inventou de certo modo a mesa do bar. Aí, o homem punha-se em comunicação com o espírito divino, ligava céu e terra, transcendia-se.
O homem entra no bar para transcender-se — eis a miserável verdade.
Entrei em muitos, bebo alguma coisa desde a minha adolescência, conheço bares em Belo Horizonte, Porto Alegre, Buenos Aires, Florianópolis, São Paulo, Rio, Salvador, Recife, Manaus, Brasília, João Pessoa, Petrópolis, Belém, Nova Iorque, Lisboa, Vigo, Londres, Stratford-on-Avon, Oxford, Paris, Grenoble, Gênova, Pisa, Arezzo, Florença, San Gemignano, Volterra, Spezia, Roma, Nápoles, Paestum, Reggio di Calabria, Messina, Catania, Siracusa, Licata, Agrigento, Marsala, Trapani, Palermo, Taormina, Veneza, Hamburgo, Berlim (Ocidental e Oriental), Heidelberg, Dusseldorf, Colônia, Munique, Goettingen, Francforte, Bonn, Varsóvia, Estocolmo, Leningrado, Moscou, Surrumi, Ircútsqui, Pequim, Múquiden, Xangai, Santa Luzia e Sabará...
Em 1954, viajando pela Alemanha de automóvel, cheguei pouco depois da meia-noite à cidade universitária de Goettingen. No Brasil, uma cidade cheia de estudantes costuma tumultuar-se pela madrugada. Mas Goettingen àquela hora entregava-se a um repouso unânime. Sem sono, reservei um quarto no hotel, perguntando ao empregado onde poderia beber qualquer coisa.
— Ah, senhor — respondeu entre sentido e orgulhoso o alemão
—, Goettingen é uma cidade universitária, não existe nada aberto a esta hora.
— O senhor está completamente enganado — retruquei-lhe.
Ele se riu bondosamente de mim: tinha mais de 60 anos, nascera em Goettingen, conhecia todas as ruas da cidade, todos os bares, seria impossível encontrar qualquer venda aberta depois de meia-noite.
— O senhor está enganado — insistia eu.
Moeller, outro alemão, que viajava comigo, reforçou a opinião do empregado do hotel e começou a dissertar impertinentemente sobre as diferenças entre o Brasil e a Alemanha. Eu estava parecendo bobo — disse ele — não querendo aceitar sua germânica verdade: em Goettingen não havia um único bar aberto depois de meia-noite. A esta altura manifestei-lhes um princípio universal, pelo qual sempre me guiei:
— Pois fiquem vocês sabendo que em todas as cidades, todas as vilas e povoados do mundo, há pelo menos duas pessoas que continuam a beber depois de meia-noite; aqui em Goettingen há pelo menos duas pessoas que estão bebendo neste momento; vou encomendá-las.
Darwin Brandão, o terceiro homem nesta viagem, não me deixa mentir. Meio cético a respeito do meu princípio, mas solidário com o amigo, resolveu acompanhar-me, apesar do sarcasmo dissuasório de Moeller. Saímos para a noite morta de Goettingen, e vimos um gato, tão silencioso quanto os seus conterrâneos, ganhar às pressas o beirai dum telhado secular. Fomos andando pelas ruas paralisadas, eu tranqüilo, e Darwin me espiando de banda. No fim duma rua comprida e oblíqua, vi um cubo iluminado, mais parecido com um anúncio de barbearia, e afirmei:
— É ali. — Nas faces visíveis do cubo estava escrito: Weinclub. Ao fim da passagem lateral, por onde entramos, demos com a porta fechada. Batemos em vão, e já íamos embora, desapontados, quando notei no corredor uma escada circular para o porão, cavada na pedra. No primeiro patamar, ouvimos música. Tomei um ar superior de vidente e desci o segundo lance. Empurrada a grossa porta de carvalho (o carvalho é mera suposição), recebi uma salutar lufada de música, de tabaco, de gente, de aromas etílicos. Foi como se eu reconquistasse o paraíso. O Weinclub dançava e bebia animadamente, repleto de jovens universitários e lindas universitárias de bochechas coradas e riso amorável. Não havia uma única mesa vaga, mas três segundos depois eu estava a beber um magnífico branco do Reno, e a explicar para os estudantes, que nos acolheram com simpatia, o princípio universal que rege a vida noturna. E eles, os mais talentosos matemáticos do mundo, futuros inventores de balísticos e outros inteligentíssimos engenhos mortíferos, acataram o meu pacífico princípio como um axioma luminoso. Foi um dos bares mais consoladores de minha temporada sobre a Terra.
Um bar legal precisa apresentar cinco qualidades fundamentais: boa circulação de ar, bom proprietário, bons garçons, bons fregueses e boa bebida. Isto é raríssimo de acontecer. Quando o garçom é uma flor de sujeito, o dono do bar costuma ser uma besta; se os fregueses são alcoólicos esclarecidos, o ambiente às vezes é quente e abafado; vai ver um excelente e confortável bar refrigerado, e boa porcentagem de uísque é fabricada no Engenho de Dentro. Para dizer toda a verdade, o bar perfeito não existe.
Barmen and jockeys are the only people who are polite any more, doutrinou um homem que consumia álcool em quantidades industriais, o romancista Ernest Hemingway. O barman, de fato, é um dos segredos do bar. Cada freguês deve sentir a ilusão de que o barman tem uma predileção especial por ele, e em nome disso será capaz de resolver qualquer problema. O incompreensível é que resolvem mesmo. O homem que chega a uma grande metrópole desconhecida é como um avião voando em solidão por dentro dum espesso nevoeiro. Mas, se este homem pertence à comunidade internacional dos freqüentadores de bar, cada barman é uma torre com a qual ele poderá entrar em contato a fim de orientar-se. Os únicos estranhos aos quais eu falo sem timidez, com perfeita familiaridade, são os barmen, e estes igualmente reconhecem logo em mim o freguês escolado, curtido em todos os amargos, navegador de longo curso.
Todo freqüentador de bar tem o direito eventual de embriagar-se convenientemente uma vez por outra. Quem vende bebida deve ser linchado quando exige de seus fregueses comportamento de casa de chá. Aclarados neste ponto, podemos afirmar que o maior inimigo do bar e do alcoolismo é o mau bebedor que bebe anos a fio e não aprende a beber, o bebedor diariamente chato, incapaz de entender o tácito acordo de amabilidade e contenção que existe entre todos os bons bebedores do mundo. Eu os conheço todos e os abomino. Conheço toda a imensa variedade da espécie (sentimentalóides, untuosos, agressivos, prolixos, confidenciais, pedantes, questionadores, inoportunos, monocórdios, babugentos, ressentidos etc. etc). Ah, se um dia eu pendurar o meu copo numa prateleira, e passar a beber em casa, podereis estar certos, contemporâneos, de que foram os maus bebedores que me levaram a este extremo!
Não defendo o alcoolismo, sr. Alcoólico Anônimo. Queira entender-me com um pouco mais de sutileza, se me faz o favor. Modestamente embora, falando do alto duma tribuna para uma platéia vazia, defendo é o homem. O uísque não me interessa, o que me interessa é a criatura humana, esta pobre e arrogante criatura, já confrangida por um destino obscuro, arrumada odiosamente em castas duma sociedade sanguessuga, uma sociedade engenhosamente arquitetada para triturar as classes de baixo a fim de transformar a matéria-prima em petróleo, aço, eletricidade, veículos, aparelhos domésticos, tecidos, alimentos. Segue-se a segunda fase do processo industrial: correias de transmissão levam estes bens terrestres ao alto-forno, que os transforma em palácios, iates, cavalos de corridas, jóias, amantes de luxos, em todas as formas de prazer e domínio sobre a vida. Mas os ricos também bebem, e quanto! Bebem às vezes por má consciência, outras por má educação, e bebem porque todos os bens terrestres são fantasias que se desfazem de repente ao hálito da morte. Pois o que advogo no meu desespero-dialético é a melhor distribuição das fantasias terrestres. Será a única maneira eficiente de reduzir o alcoolismo. A máquina social cria sobre o indivíduo uma inumerável série de compreensões, que o desequilibram e infelicitam. O alcoolismo é uma das variadíssimas conseqüências desse extraordinário mal-estar coletivo. Transpondo a porta do bar, o homem age com toda a pureza e inocência, buscando fugir ao sofrimento, tentando cumprir a sua vocação para o prazer; se encontra no bar um novo mal, a degradação, o desemprego, a debilitação orgânica, a morte prematura, isto é outra história. A história triste das drinking classes.”
Autor: Paulo Mendes Campos, O amor acaba, Cia das Letras, p. 38 e seguintes.
Tim-tim!
Saúde!
Um gole para o Santo!
Já que falei em Santo, vejam como se deu a beatificação profana de um novo sacana digo Santo:
São Caverna
Este Santo, apagado do Cristianismo há quase um século e agora resgatado, assim como o “timbao” e a calça boca de sino, pela ONG FZetc (fundação FRANK-ZABROCOLIS de resgate da cafonice e animação junina sem compromisso), terá sua comemoração restituida, com toda pompa, pipoca e pandarecos merecidos, como era festejado em todas partes do mundo quase civilizado pré-mussum-apocalíptico-manos dos impérios Romano, Macedônio e Birmanês.
Pequeno & Breve Não Extenso Resumo Editado da Vida, desde o Nascimento até a Morte e da Santificação do Santo, São Caverna.
Os registros mais difundidos, que provam a existência de São Caverna foram os tirados de periódicos sensacionalistas cristãos da virada de AC para DC, encontrados em escavações na Mesopotâmia e Lapônia. Também foram encontradas uma bermuda de colegial, um boné e uma guitarra preta que podem ter sido usadas no primeiro show do AC/DC abençoado pelo milagreiro Santo de corpo presente.
Esses relatos levam a crer que foi São Caverna que criou as festas juninas, sendo Antonio, Pedro e João simples Santos aproveitadeiros e que dispunham da “machina marketeira” do filho de um figurão da época. São Caverna foi extremamente injustiçado pelos companheiros de culto. Primeiro por que iniciava as festas do mês de Junho em Maio, depois pelas predileções gastronômicas. Diziam que ele adorava comer esfirras no puchero, pouco se importando se tivessem pêlos ou fossem “brazilian wax”.
Outras evidências, marcadas em hieróglifos nas portas dos banheiros públicos da pirâmide de Ramsés, nos contam uma vida de benevolência com povos de todas as marcas. Em uma sequência impressionante podemos ver claramente (até o mais tosco conhecedor de egiptologia via Superinteressante) que foi São Caverna que guiou os judeus escravizados do Egito até Higienópolis, aqui em São Paulo. Mais uma vez, um cupincha do “Todo Poderoso” acabou levando a fama. Um tal de Moisés, que imprimia tábuas de mandamentos em uma pedreira clandestina e gravou um vídeo cheio de efeitos especiais, mostrando que podia cuidar facilmente de enchentes na marginal do Eufrates e ainda garantir a acessibilidade aos pedestres na travessia.
Provas em um diário inconsequentemente detalhado, conseguidas no Japão por seguidores de “Motra” ao invadirem um dos latifúndios improdutivos de “Godzila”, descrevem objetivamente que quem guiou os japoneses para a Liberdade foi São Caverna e não foi “Jaspion”, como está nos livros de história do Ensino Fundamental.
O porquê dessa omissão de tão influente personagem da jornada cristã pode estar na parceria Dele com outro execrado, São Jorge, companheiro de bebedeira e carteado (truco e escopa). Paparazis gregos residentes na Capadócia, fizeram centenas de fotos dos dois Santos, no boteco Pau Oco, entornando ânforas e mais ânforas de vinho licoroso de São Roque (este, apesar de fabricante ilegal de álcool, escapou da perseguição da linha dura Judaico-Cristã, por fornecer por debaixo das togas, milhares de galões de vinho para seus chapinhas). As fotos escondidas, atualmente nos porões da ditadura vaticânica, mostram também cenas obscenas dos dois Santos bolinando Virgens Vestais e Querubins que só tinham parado naquela boca de porco para tirar água das asas.
Mas a verdade será apenas revelada após a exumação da múmia, encontrada dividida em duas partes, uma em um sarcófago resgatado pelas obras do metropolitano, linha amarela no subterrâneo da Praça Buenos Aires e, a outra dentro de um esquife que servia de apoio para caixas acústicas em um bizarro karaokê da Rua da Glória.
Autor: Roberto Algodoal Zabrockis Junior, vulgo Beto.
Pai d'égua, não é?
Conheci o tal santo e posso afirmar que apenas ele e seu colega de santidade, Josemaria Escrivá, usam ÓCULOS! Ou você já viu outro santo de óculos.
Como Escrivá fundou a “Opus Dei”, quase sugeri ao São Caverna que fundasse a “Opus Gay”. Público, na região que moramos (Augusta/Frei Caneca), não ia faltar! Mas não entendo as coisas de Santos!
Estudar é fundamental, mas bi-fundamental é quem se predispõe a ajudar nessa batalha! Vejam os exemplos de boa vontade que nos comovem:
(Bicicloteca em São Paulo - Praça da Sé)
e,
(Biblioburro, na Colômbia)
Sob o texto desta última consta: "Essa imagem comprova que a leitura não tem fronteiras. Na foto, Luis Soriano e seus burros Alfa e Beto levam livros a 4 mil crianças em zona rural na Colômbia."
Luiz merecia um Nobel, bem como a Santificação! E o seu Beto, que não é o nosso, muito feno, juntamente com Alfa. (P.S.: o nosso Beto, como nós, gosta mesmo é da marvada!).
Mas falar de e sobre cultura sem pai (Quino) e filha (Mafalda) é como não ler as besteriras do Osório! Daí:
Abraços,
Osório
P.S.: Poemas e Cia desacompanhada:
Contabilidade do amor
Sua partida,
em minha contabilidade de saudade,
é anotada como “partidas dobradas”.
São Paulo, 30.03.06.
e,
Confesso
Ao teu lado, certas horas, não sei o que dizer.
Já te disse tudo e tantas vezes repeti que, por certo, ficaram “velhas as palavras”.
Queria, entretanto, apenas para não te cansar, repetir uma única expressão, que mesmo não forjada a ferro e a fogo é produzida no mais íntimo, dolorido e sublime recanto do coração.
Que me ouças pela última vez, e que a última vez seja sempre a primeira.
Ouça-me:
Perdoa-me por calar quando deveria falar e por falar quando deveria calar.
Perdoa-me por quanto te fiz chorar, porque também choravam minhas entranhas.
Perdoa-me pelas alegrias que te dei em um dia ou em uma noite, pois elas deveriam ser eternos.
Perdoa-me, por fim, por confessar que, dentre todos os acertos da minha vida, o mais nobre é te amar.
São Paulo, 26.05.01 (um dos dias mais felizes da minha vida).