Poesias

Você está aqui: Home | Poesias
In Poesia

Poesia: deleite-se ou delete-me (05.04.2013)

 

Caroas todoas,

 

GEDC1580

Crédito: Cris.

 

 

Escrivinhei algo novo para a Fernanda em riba de uma carinhosa mensagem dela. 

 

A imagem abaixo (Amantes de Sumpa) foi localizada no Equador e mostra como o amor pode sobreviver à morte! Ou seria apenas o desejo? Ou ambos? Ou estavam brigando na hora que o vulcão explodiu? Diga você!

 

Amantes de Sumpa

 

Veja mais em: http://chile.rotasturisticas.com/visit.php?paisON=Ecuador&regid=0&listarPais=ec&countryON=ec&region=Santa%20Elena&lista=2868&q1= .

 

Abraços,

 

Osório

 

P.S.2: Os poemas da Lei da Sexta-Feira:

 

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR

 

DO TRABALHADOR

tudo o que não tenho é seu

 

DO BANQUEIRO

tudo o que tenho é seu

 

DO LADRÃO

tudo o que terei é seu

 

DO ESCRITOR

de tudo o que é seu algo é meu.

 

Autor: Ademir Demarchi, em “Pirão de Sereia”, Realejo, Santos.

 

e,

 

"Navegando ao léu

ouvi [ ] límpido

o canto sibilino da sereia

vislumbrei no desmedido meu destino

e enveredei então pelas brumas

como se entranhasse pelos céus

encantado, já não era eu, mas deus

entreguei-ma à cegueira de todos os sentidos

apaixonado extasiado entesado

pela umidade brilhante das escamas

pelos olhos azuis por onde se mergulhava no oceano

pelos volteios voluptuosos e serpenteantes do seu corpo

pela gosma marinha que me siderava

pelas mãos boca narinas

ávido busquei com a lábia língua

uma ostra nela e inteiramente

humano não achei sua vagina

estanquei no descaminho

diante do interdito para o abismo sonhado

e frustrado com o irredutível mas ávido de amor

comi a sereia e a roí inteira até as brânquias

e brânqueos ossos que me restaram às mãos fosforescentes

para iluminar a noite de meu caminho de retorno até aqui:"

 

Autor: Admir, na mesma obra.

 

e,

 

Compulsão

 

lavo as mãos toda vez

que toco alguém

 

e não me toco depois

de ter tocado

 

quando o lixeiro vem

faço o máximo

 

para que não exista

nenhum toque entre nós

 

quando o carteiro vem

com o vírus dele

 

tomo cuidado para não

haver qualquer contato

 

detesto que me toquem

e que falem tocando

 

detesto cumprimento

de mão com mão

 

quando cumprimento

qualquer um

 

logo lavo as mãos

 

vejo sujeira

em todo lugar

 

menos

em minha mente

 

o lugar mais sujo

do mundo

 

Autor: Rodrigo de Souza Leão (RJ) [nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 4/11/1965 e morreu em 2/7/2009; poemas publicados no e-book Catac1isma, na revista www.germinaliteratura.com.br]. Fonte: Revista Babel Poética, eu#outro, ano 1, nº 4.

 

 

Você está aqui: Home | Poesias