Poesias

Você está aqui: Home | Poesias
In Poesia

Poesia: deleite-se ou delete-me (25.01.2013)

 

Caroas todoas,

 

Quem é Severina Alves de Melo?

 

Caminhando pelas ruas de Santos, ao me aproximar do Hotel Atlântico, obra com arquitetura de rara beleza, vi a fotocópia de uma Carteira de Identidade pendurada em uma árvore. “Mas árvores não frutificam Rgs”, pensei.

 

Me aproximei e “apanhei” o documento.

Enquanto lia um motorista do ponto de táxi que fica ao lado da frondosa árvore aproximou-se e me disse: “achamos aí na calçada e colocamos aí”.

Aliviado, pois comprovei meu pensamento anterior (realmente as árvores não frutificam carteiras de identidades), sorri para ele e me afastei dizendo: “Irei tentar escrever algo sobre este achado”.

É o que tento fazer agora.

A Severina nasceu em 28.07.45, e também é filha de Severino! Severino Joaquim de Melo e de D. Maria Alves de Melo. Nasceu também em Pernambuco, mais precisamente em Jaboatão.

Não consta se é retirante, mas, felizmente, “tem outros nomes de pia”!

Tá lá o número de seu RG, que foi expedido no dia 20.09.90, pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Isso a faz retirante, sim!

Não tem CPF, logo, não foi capaz de declarar Imposto de Renda. Fica a nossa torcida para que o faça em breve.

Não se sabe se Severina é uma moça de muitos prazeres, mas um tem com certeza, pois foi registrada em Prazeres, também lá em Pernambuco, no Livro A64, fls. 203.

Dizem que é feio perguntar (e dizer) a idade de uma mulher, mas, no caso, é por uma boa causa: facilitar a devolução do documento, dando, assim, os maiores detalhes possíveis.

A foto é em preto e branco e Severina está séria, sem o melhor sinal de um leve sorriso em seus lábios. Usa cabelo curto e não tem cabelos brancos, mesmo sendo de 1945. Deve ser genética ou as cores da foto. Seus olhos fixos são penetrantes e sua sobrancelha parece ter sido “feita” há poucos dias, pois são marcantes, mas estão bem separadas. A moça deve ser vaidosa, como é peculiar ao seu gênero.

Não tenho o dom, daí não poder dizer o que consta de suas digitais. Tem gente para as quais uma digital é um livro, onde estão escritos o passado, o presente e o futuro de seu portador!

Parece moça de poucas letras. Digo pelas letras desenhadas em sua assinatura. Mas quem disse que letra feia não é privilégio de doutor? Vejam os médicos, por exemplo. Será que fez medicina? Torcemos para isso.

Onde está Severina?

Será que amou ou ama?

Foi amada ou é amada?

Quem seria ou é o seu príncipe encantado?

Tem filhos?

Seus pais ainda estão vivos?

Com que sonhava ou sonha ela?

É feliz? Mas o que seria a felicidade para Severina?

Bebe?

Fuma?

Já brigou, já bateu, já apanhou, matou?

Espero que esteja viva, com saúde de esperanças!

Se você conhece a dona do documento, por favor, peça-lhe que me procure com urgência, pois eu porto algo que é dela e só interessa a ela também.

Muito obrigado a todo aquele que me levar à Severina Alves de Melo.

imaginaçãomorta

ler não engorda

Banheira 2

 

Mas ontem foi o aniversário da Ruberli, a ela todos os parabéns possíveis e imagináveis cabíveis no espaço de alguns quatrilhões de anos-luz!

 

Para ela, Bandeira, sóbrio ou não:

 

MADRIGAL MELANCÓLICO



O QUE EU ADORO em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.

A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem é a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento.
Graça que perturba e que satisfaz.

O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.

O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.


Autor: Manuel Bandeira (em Poesia Completa e Prosa, Nova Aguilar, 1993).

língua

Hoje é o aniversário de São Paulo, bem mais novo que a amiga arriba nominada, mas tão gente boa “qui nem qui ela”.

 

Vejam isso:

maratona das artes

Recadinho:

O EITA! Sarau vai para a Avenida Paulista!

Estará na MARATONA DE ARTES!!!!!!!!!!

Quando? Dia 26/01, às 16h30.

Onde? Parque Prefeito Mário Covas. Av. Paulista, 1853 (Em frente à CEF e TRF3)

Espera-se todos os eiteiros, eitenses e eitanos lá!

Vai-se fazer um grande sarau, pelo aniversário da cidade de São Paulo!!!!

eita sarau! 2

 

O quintal da minha casa, cuja foto enviei anteriormente, e para a qual uma amiga aqui do trampo está interessada em ir para lá curtir as férias, apenas para fazer inveja aos “facebukeiros”.

quintal

"A inveja com o Facebook está fazendo você infeliz?

 

BELINDA GOLDSMITH - Reuters

 

Testemunhar as férias, a vida amorosa e o sucesso profissional dos amigos no Facebook pode provocar inveja e causar sentimentos de infelicidade e solidão, segundo pesquisadores alemães.

Um estudo realizado em conjunto por duas universidades alemãs encontrou uma inveja desenfreada no Facebook, a maior rede social do mundo, que agora tem mais de 1 bilhão de usuários e produziu uma plataforma inédita para comparações sociais.

Os pesquisadores descobriram que uma em cada três pessoas sentiu-se pior e mais insatisfeita com a própria vida depois de visitar o site, enquanto pessoas que passearam por lá sem contribuir foram as mais afetadas.

"Ficamos surpresos ao ver quantas pessoas têm uma experiência negativa do Facebook, com a inveja fazendo-as se sentirem sozinhas, frustradas ou com raiva", disse à Reuters a pesquisadora Hanna Krasnova, do Instituto de Sistemas da Informação na Universidade Humboldt de Berlim.

"A partir de nossas observações, algumas dessas pessoas vão então sair do Facebook ou pelo menos reduzir o uso que fazem do site", disse Krasnova, aumentando a especulação de que o Facebook poderia chegar a um ponto de saturação em alguns mercados.

Pesquisadores da Universidade Humboldt e da Universidade Técnica de Darmastadt descobriram que fotografias de férias eram a maior causa de ressentimento, com mais de metade dos incidentes de inveja provocados por imagens de viagens no Facebook.

A interação social foi a segunda causa mais comum de inveja, com os usuários podendo comparar quantas felicitações de aniversário receberam em relação a amigos no Facebook e quantos "curtir" ou comentários foram feitos em fotos ou posts.

"O acompanhamento passivo provoca emoções amargas, com os usuários invejando principalmente a felicidade dos outros, o modo como os outros passam as férias e como socializam", disseram os pesquisadores no estudo "Inveja no Facebook: Uma Ameaça Oculta à Satisfação da Vida dos Usuários?", divulgado na terça-feira.

"A presença disseminada e onipresente da inveja em Sites de Redes Sociais é mostrada para minar a satisfação de vida dos usuários", afirmaram.

Eles descobriram que pessoas com trinta e poucos anos eram mais propensas a invejar a felicidade familiar, enquanto as mulheres eram mais propensas a invejar a atratividade física. Esses sentimentos de inveja fizeram alguns usuários se gabarem mais sobre suas conquistas no site administrado pela Facebook Inc. para aparecerem sob uma luz melhor.

Os homens postavam mais conteúdo autopromocional no Facebook para fazer com que as pessoas soubessem sobre suas realizações, enquanto as mulheres destacavam sua boa aparência e vida social.

Os pesquisadores basearam suas descobertas em dois estudos envolvendo 600 pessoas, e os resultados devem ser apresentados em uma conferência sobre sistemas de informação na Alemanha, em fevereiro.

O primeiro estudo analisou a escala, o âmbito e a natureza de incidentes de inveja provocados pelo Facebook, e o segundo em como a inveja estava relacionada ao uso passivo do Facebook e à satisfação com a vida.

Os pesquisadores disseram que os entrevistados em ambos os estudos eram alemães, mas esperavam que os resultados fossem os mesmos internacionalmente, já que a inveja é um sentimento universal e possivelmente impacta o uso do Facebook.

"Do ponto de vista de um provedor, nossas descobertas assinalam que os usuários frequentemente veem o Facebook como um ambiente estressante, que pode, no longo prazo, por em perigo a sustentabilidade da plataforma", concluíram os pesquisadores. (Fonte: Estadão, 22 de janeiro de 2013)."

Agora que conhecem uma das minhas casas, não precisam mais inverjar os demais, já que eu a empresto para curtas férias.

 

(Grato ao Gian, Cris e Beto pelas imagens).

Você está aqui: Home | Poesias