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POESIA: deleite-se ou delete-me (25.05.12)

 

Caraos todaos,

 

 

Já o disse mais de uma vez, mas repito: as mensagens são para todaos, obviamente, mas, algumas vezes, cito alguém em particular. Hoje é uma dessas oportunidades.

 

Sabem que me reprovou no meu primeiro concurso para promotor de Justiça em 1987 (passei no segundo no ano seguinte)?

 

 

Não, depois lhes conto.

 

Vocês sabiam:

 

As três experiências

Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou a minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. "O amar os outros" é tão vasto que inclui até o perdão para mim mesma com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida . Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.

E nasci para escrever. A palavra é meu domínio sobre o mundo. Eu tive desde a infância várias vocações que me chamavam ardentemente. Uma das vocações era escrever. E não sei por que, foi esta que eu segui. Talvez porque para outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto que para escrever o aprendizado é a própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós. É que não sei estudar. E, para escrever, o único estudo é mesmo escrever. Adestrei-me desde os sete anos de idade para que um dia eu tivesse a língua em meu poder. E no entanto cada vez que eu vou escrever, é como se fosse a primeira vez. Cada livro meu é uma estréia penosa e feliz. Essa capacidade de me renovar toda à medida que o tempo passa é o que eu chamo de viver e escrever.

Quanto aos meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Meus dois filhos foram gerados voluntariamente. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias, eu lhes dou o que é possível dar. Se eu não fosse mãe, seria sozinha no mundo. Mas tenho uma descendência, e para eles no futuro eu preparo meu nome dia a dia. Sei que um dia abrirão as asas para o vôo necessário, e eu ficarei sozinha: É fatal, porque a gente não cria os filhos para a gente, nós os criamos para eles mesmos. Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres.

Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia.

Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse a minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.

 

Autora: Clarice Lispector.

 

e,

 

Para Sempre

 

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento
.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

 

Autor: Carlos Drummond de Andrade.


 

e,

 

Uma mãe é aquela pessoa que ao ver que só ficam quatro pedaços de bolo de chocolate tendo cinco pessoas à mesa, é a primeira a dizer que nunca gostou de chocolate.”

 

e,

 

 

O vídeo, indicado no caminho logo a seguir, já foi indicado, mais vale a reindicação:

 

http://www.youtube.com/watch?v=MpZRaCMSvQA

 

Viram o nome do diretor? Pois é! Márcio Ramos. Ramos!?

 

e,

 

O outro vídeo, que trara d'"O melhor trabalho no mundo", nem parece o que é: um comercial, só que com o toque de gênio.

 

http://www.youtube.com/watch?v=RoQ1iYREvgI&feature=share

 

 

É maio! Mês de um monte de coisas: dia da mães – as vezes, quase me esqueci de minha mãe neste dia –; é também mês de aniversário de D. Rosa, a privilegiada mãe que me trouxe ao mundo para enfeitá-lo; é mês da noivas etc. e tal.

 

Ela me reprovou por eu não saber, à época e agora, dissertar sobre erro de tipo e erro de proibição!

 

Sabem quem é a DEZalmada?

 

Mãe tem que ser assim, amar seus filhos, amar os amigos dos seus filhos, amar os amigos dos amigos dos amigos do seu filho, até que um dia ama a humanidade, pois, ao fim e ao cabo, somos todos amigos neste viver e conviver que não tem dia para começar nem para terminar!

 

Viram que o diretor do filme tem “Ramos” no nome?

 

Temos um colega que tem algo em comum com o Michael Douglas: ambos tem uma “Zata” para florir seus dias!

 

Que a pessoa a quem presto esta humilde reverência deixará sua marca, qual Zorro, não tenho dúvidas, e que esta marca será de inconfundível Justiça, também não!

 

Pois é, o mês de maio marcou sua eleição! Tinha que ser: ela e maio!

 

Pois é!

 

Elizeta Maria de Paiva Ramos!

 

Eis o nome da moça que me reprovou – e a primeira reprovação a gente nunca esquece – mas que me deu a honra, tempos depois, de me tornar seu admirador e aumentar essa admiração ao longo dos anos! Admiração que levou à amizade.

 

Que o destemor e a sinceridade continuem, como certamente continuarão, a ser um dos encantos dessa pequena notável.

 

Abraço forte na querida Ele+zeta (simbolo legal: LZ) e um beijo em todaos os demais.

 

Fim de semana batendo à porta e nos convidado à felicidade, pois o tempo é a única coisa que gastamos sem jamais poder recuperá-lo.

 

Osório

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