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POESIA: deleite-se ou delete-me (bloco 6)

 

16.01.09

 

>>> "Osório Silva Barbosa Sobrinho"

16/1/2009 15:44 >>>

 

Caros todos,

 

 

Sobre algo da semana passada, disse o Guilherme Chaibe Montenegro - PRR:

 

"Quanto às mulheres, não posso deixar passar em branco uma passagem que ouvi de uma amiga minha: "Homem é que nem cabelo. Às vezes a gente prende, algumas vezes solta, outras deixa de lado, mas mulher nenhuma gosta de ficar careca!"

 

Já o Isis José Leite - PRMT, encaminhou o anexo. Lindo, lindo!

 

Abaixo um belo poema de um grande, literal e metaforicamente, poeta amazonense.

 

Excelente final de semana.

 

Abraços,

 

Osório

 

 

PRIMÍCIAS

 

Começo pelo começo

bem calmo nesse arremesso,

 

e a boa velocidade

vem nos dedos sem alarde.

 

A pressa que traz desastres

está fora desse catre

 

e a cama dos seus desejos

é dela e dos meus arpejos.

 

Música de descoberta

é a que vem tão aberta

 

que sabe a chave da cela

inventando-se janela.

 

Sabe soltar essa fera

presa na teia da espera:

 

breve sopro no pescoço

toque macio no dorso.

 

As mãos em concha nos seios

colinas do meu passeio

 

sou cuidadoso alpinista

sei do mamilo a conquista.

 

A língua meu artefato

se atiça com muito tato

 

vai do ouvido ao seu regaço

e lúbrica banha o espaço.

 

O tempo se perde inteiro

num relógio sem ponteiros.

 

Já o disse certa vez

nas curvas da sensatez.

 

Os sons que saltam do corpo

úmidos de tanto rogo

 

se abafam num bafo quente

vapor de tesão fremente.

 

Há mistérios nas palavras

que nem a memória grava

 

são do instante a liberdade

que o vulgar vem sem as grades.

 

É quando desço ao regato

revelando no meu trato

 

o retrato e seu reflexo

toda a magia do sexo.

 

E o beijo mais escolhido

pousa nos pêlos tecidos

 

crespa canção guardiã

do milagre da manhã.

 

E ligeira se aligeira

a serpente mais rasteira

 

de língua manemolente

amaciando o presente.

 

Autor: Aníbal Beça

 

 

 

23.01.09

 

"Osório Silva Barbosa Sobrinho"

01/23/09 10:54 am >>>

 

Caros todos,

 

Que tenham um final de semana iluminado!

 

Será que os brutos também amam? Nunca concordei que Maquiavel fosse "maquiavélico", nem o autor do livro abaixo indicado.

 

Abraços,

 

Osório

 

 

O amor

 

Sou obrigado a lhe contar como eu mesmo manejei o amor.

Na verdade, deixei o amor fazer o que quisesse e o segui por entre colinas e vales, bosques e prados.

Descobri que, dessa forma, ele me garantiu mais encantos do que se eu o tivesse atormentado.

Então, livre-se dos arreios, remova as rédeas, feche os olhos e diga:

Vá em frente, Amor, seja meu guia, meu líder (...).

Assim mestre, seja feliz, não desanime, encare a Fortuna diretamente e siga qualquer que seja o curso que os revoltos céus e as condições enviadas para você pelos tempos e pela humanidade deixarem ao pé da sua porta.

 

Autor: Maquiavel (Fonte: “Maquiavel, um homem incompreendido”, de Michael White, Record, p. 162).

 

 

30.01.09

 

"Osório Silva Barbosa Sobrinho"

30/1/2009 12:08 >>>

 

Caros todos,

 

Recentemente saiu uma notícia atribuindo a um Ministro do STF o seguinte: "Ayres Britto diz que juízes brasileiros precisam ler mais poesia".

 

Se falta aos juízes, imaginem ao povo brasileiro!

 

De qualquer modo, no MPF, embora falte também, falta um pouquinho menos. Não é mesmo.

 

Excelente final de semana com poemas abaixo (dois deles escritos no próprio mundo do Direito, onde, também, existe poesia) e nos anexos.

 

Abraços,

 

Osório

 

Tem sido uma constante em nosso Direito Constitucional a preocupação com a tutela das situações já consolidadas pelo tempo. Sobre a necessidade dessa proibição, nada mais precisas do que as palavras de Vicente Ráo: “A inviolabilidade do passado é princípio que encontra fundamento na própria natureza do ser humano, pois, segundo as sábias palavras de Portalis, o homem, que não ocupa senão um ponto no tempo e no espaço, seria o mais infeliz dos seres, se não se pudesse julgar seguro nem sequer quanto à sua vida passada. Por essa parte de sua existência, já não carregou todo o peso do seu destino? O passado pode deixar dissabores, mas põe termo a todas as incertezas. Na ordem do universo e da natureza, só o futuro é incerto e esta própria incerteza é suavizada pela esperança, a fiel companheira da nossa natureza. Seria agravar a triste condição da humanidade querer mudar, através do sistema da legislação, o sistema da natureza, procurando, para o tempo que já se foi, fazer reviver as nossas dores, sem nos restituir as nossas esperanças” (O direito e a vida dos direitos, v. 1, p. 428).

 

e,

 

"O direito é um dos fenômenos mais notáveis na vida humana. Compreendê-lo é compreender uma parte de nós mesmos. É saber em parte porque obedecemos, porque mandamos, porque nos indignamos, porque aspiramos mudar em nome de ideais, porque em nome de ideais conservamos as coisas como estão. Ser livre é estar no direito e, no entanto, o direito também nos oprime e nos tira a liberdade. Por isso, compreender o direito não é um empreendimento que se reduz facilmente a conceituações lógicas e racionalmente sistematizadas. O encontro com o direito é diversificado, às vezes conflitivo e incoerente, às vezes linear e conseqüente. Estudar o direito é, assim, uma atividade difícil, que exige não só acuidade, inteligência, preparo, mas também encantamento, intuição, espontaneidade. Para compreendê-lo é preciso, pois, saber e amar. Só o homem que sabe pode ter-lhe o domínio. Mas só quem o ama é capaz de dominá-lo rendendo-se a ele. Por tudo isso, o direito é um mistério, o mistério do princípio e do fim da sociabilidade humana. Suas raízes estão enterradas nesta força oculta que nos move a sentir remorso quando agimos indignamente e que se apodera de nós quando vemos alguém sofrer uma injustiça. Introduzir-se ao estudo do direito é, pois, entronizar-se num mundo fantástico de piedade e impiedade, de sublimação e de perversão, pois o direito pode ser sentido como uma prática virtuosa que serve ao bom julgamento, mas também usado como um instrumento para propósitos ocultos ou inconfessáveis. Estudá-lo sem paixão é como sorver um vinho precioso apenas para saciar a sede. Mas estudá-lo sem interesse pelo seu domínio técnico, seus conceitos, seus princípios, é inebriar-se numa fantasia inconseqüente. Isto exige, pois, precisão e rigor científico, mas também abertura para o humano, para a história, para o social, numa forma combinada que a sabedoria ocidental, desde os romanos, vem esculpindo como uma obra sempre por acabar." TERCIO SAMPAIO FERRAZ Jr., INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO, Introdução.

 

e,

 

Mar de soluços, lágrimas, suspiros;

num voo atravesso,

brincando com o destino,

trilhando giros;

Desterro: seduz, aquieta, apressa, acalenta;

Ama e embala ao som do mar;

E nesse doce capricho - eu naufraga - da vida;

Me apaixono e cúmplice na teia de amor;

te carrego comigo, minha doce confidente,

nas asas aladas da minha saudade.

 

Autora: Roseli Bodnar (Colaboração: Paulino Silva - PRTO, ex-PRAM)

 

 

06.02.09

 

Caros todos,

 

Que o amor, que embala até os deuses, vos encontre e/ou se mantenha convosco.

Excelente final de semana é o que espero para todos nós com os poemas abaixo.

 

Abraços,

 

Osório

 

 

O jovem e ditosa mulher,

Por que insistes em continuar virgem?

A seta do desejo trespassou Zeus,

Que por ti arde em chamas.

Contigo quer ele a fruição do amor”.

 

(do livro Mitologia de Edith Hamilton, Martins Fontes, p. 99)

 

e,

 

Assum Preto

 

Tudo in vorta é só beleza

Sol de abril e a mata em frô

 

Mas Assum Preto, cego dos óio

Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis)

 

Tarvez por ignorança

Ou mardade das pió

 

Furaro os óio do Assum Preto

Pra ele assim, ai, cantá de mió (bis)

 

Assum Preto veve sorto

Mas num pode avuá

 

Mil vez a sina de uma gaiola

Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis)

 

Assum Preto, o meu cantar

É tão triste cumo o teu

Também robaro o meu amor

Que era a luz, ai, dos óios meus..

 

Autores: Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira

 

 

13.02.09

 

>>> "Osório Silva Barbosa Sobrinho"

13/2/2009 11:23 >>>

 

Caros todos,

 

Que tenham um final de semana prodigioso.

 

Abaixo alguns versos do Cacaso para ajudar.

 

Abraços,

 

Osório

 

 

 

Táxi

 

O poeta passa de táxi em qualquer canto e lá vê

o amante da empregada doméstica sussurrar

em seu pescoço qualquer podridão deste universo.

Como será o amor das pessoas rudes?

O poeta não se conforma de não conhecer

todas as formas da delicadeza.

 

 

Exceção

 

Desconfio que todos os meus atos são pretextos.

 

 

Rito

 

Cadê o queijo que estava aqui?

O gato comeu.

Gato filho da puta.

 

 

Preconceito

 

Dinheiro não tolera desafor.

 

 

Dente por dente

 

meu amor

por aqui tem se ido continuo

o mesmo e você

continua a mesma?

 

apesar

de tudo

demônio te

amo

 

 

 

20.02.09

 

"Osório Silva Barbosa Sobrinho"

20/02/2009 10:28 >>>

 

Caros todos,

 

Que o final de semana seja de paz e muita fulia!

 

Abaixo algum alimento para a alma. Em anexo uma crônica fantástica. (Salomão Schwartz - ovos)

 

Como os poemas sempre são destinados a todos, hoje tem um destinatário especial, o "louco" que encaminhou a mensagem abaixo, com a qual incentiva a continuidade de nossa loucura das sextas. De core, obrigado Hellyton e que sejas feliz no novo pouso.

 

Abraços,

 

Osório

 

 

Se eu de ti me esquecer

 

Se eu de ti me esquecer, nem mais um riso

Possam meus tristes lábios desprender;

Para sempre abandone-me a esperança,

Se eu de ti me esquecer.

Neguem-me auras o ar, neguem-me os bosques

Sombra amiga, em que possa adormecer,

Não tenham para mim murmúrio as águas,

Se eu de ti me esquecer.

Em minhas mãos em áspide se mude

No mesmo instante a flor, que eu for colher;

Em fel a fonte, a que chegar meus lábios,

Se eu de ti me esquecer.

Em meu peregrinar jamais encontre

Pobre albergue, onde possa me acolher;

De plaga em plaga, foragido vague,

Se eu de ti me esquecer.

Qual sombra de precito entre os viventes

Passe os míseros dias a gemer,

E em meus martírios me escarneça o mundo,

Se eu de ti me esquecer.

Se eu de ti me esquecer, nem uma lágrima

Caia sobre o sepulcro, em que eu jazer;

Por todos esquecido viva e morra,

Se eu de ti me esquecer.

 

Autor: Bernardo Guimarães

 

e,

 

Prezado Osório,

 

Gostaria de lhe fazer um pequeno agradecimento e um pedido.

Primeiramente, agradeço ao senhor pelos inúmeros momentos de descontração e de poesia proporcionados ao fim de cada semana de trabalho. Dessa forma, não há como não ter uma final de semana um pouco mais iluminado.

Nesse contexto, eu gostaria que o senhor cadastrasse meu outro endereço de e mail na sua lista do "Poesia: deleite-se ou delete-me". É que eu sou estagiário da Procuradoria da República no Estado do Pará e, após quase três anos, o meu contrato de estágio está chegando ao fim.

Assim, o endereço no qual recebo seus e-mail's (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.), em breve será extinto. Dessa forma, peço encarecidamente que o senhor cadastre no lugar dele o endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., a fim de que eu continue me deliciando, às sextas-feiras, com os seus e-mail's. Era esse o pequeno pedido que eu gostaria de fazer. Espero que não seja muito incômodo.

Desde já, agradeço!

 

Cordialmente,

 

Hellyton Carvalho

 

 

 

27.02.09

 

"Osório Silva Barbosa Sobrinho"

27/2/2009 11:25 >>>

 

Caros todos,

 

Final de semana de paz e saúde e amor! Para ajudar, segue o poema

abaixo.

 

Abraços,

 

Osório

 

 

NÃO TE ESQUEÇAS DE MIM!

 

Não te esqueças de mim, quando erradía

Perde-se a lua no sidéreo manto;

Quando a briza estival roçar-te a fronte,

Não te esqueças de mim, que te amo tanto.

 

 

Não te esqueças de mim, quando escutares

Gemer a rôla na floresta escura,

E a saudosa viola do tropeiro

Desfazer-se em gemido de tristura.

 

Quando a flôr do sertão, aberta a medo,

Pejar os ermos de suave encanto,

Lembre-te os dias que passei comtigo,

Não te esqueças de mim, que te amo tanto.

 

 

Não te esqueças de mim, quando á tardinha

Se cobrirem de nevoa as serranias,

E na torre alvejante o sacro bronze

Dôcemente soar nas freguesias!

 

Quando de noite, nos serões de inverno,

A voz soltares modulando um canto,

Lembre-te os versos que inspiraste ao bardo,

Não te esqueças de mim, que te amo tanto.

 

Não te esqueças de mim, quando meus olhos

Do sudario do gelo se apagarem,

Quando as roxas perpetuas do finado

Junto á cruz de meu leito se embalarem.

 

Quando os annos de dôr passado houverem,

E o frio tempo consumir-te o pranto,

Guarda ainda uma idéia a teu poeta,

Não te esqueça de mim, que te amo tanto.

 

Autor: Fagundes Varella

 

 

 

13.03.09

 

"Osório Silva Barbosa Sobrinho"

13/03/09 12:11 >>>

 

Caras(os) todos,

 

Minha humilde contribuição para alegrar seu fim de semana.

 

Abraços,

 

Osório

 

 

Canção Para Uma Valsa Lenta

 

Minha vida não foi um romance...

Nunca tive até hoje um segredo.

Se me amas, não digas, que morro

De surpresa... de encanto... de medo...

 

Minha vida não foi um romance

Minha vida passou por passar

Se não amas, não finjas, que vivo

Esperando um amor para amar.

 

Minha vida não foi um romance...

Pobre vida... passou sem enredo...

Glória a ti que me enches a vida

De surpresa, de encanto, de medo!

 

Minha vida não foi um romance...

Ai de mim... Já se ia acabar!

Pobre vida que toda depende

De um sorriso... de um gesto... um olhar...

 

Autor: Mário Quintana

 

e,

 

Nunca ninguém sabe

Nunca ninguém sabe se estou louco para rir ou para chorar

Pois o meu verso tem essa quase imperceptível tremor...

A vida é louca, o mundo é triste:

vale a pena matar-se por isso?

Nem por ninguém!

Só se deve morrer de puro amor!

 

Autor: Mário Quintana

 

e,

 

Cantiga para não morrer

 

Quando você for se embora

moça branca como a neve,

me leve.

 

Se acaso você não possa

me carregar pela mão,

menina branca de neve,

me leve no coração.

 

Se no coração não possa

por acaso me levar,

moça de sonho e de neve,

me leve no seu lembra.

 

E se aí também não possa

por tanta coisa que leve

já viva em seu pensamento,

menina branca de neve,

me leve no esquecimento

 

Autor: Ferreira Gullar

 

 

20.03.09

 

>>> "Osório Silva Barbosa Sobrinho"

03/20/09 2:04 pm >>>

 

Caros todos,

 

Um final de semana radiante é o que vos desejo. Para ajudar, um poema abaixo.

 

Abraços,

 

Osório

 

Aquele que presencia os fatos e ama parece sempre ridículo. E será sempre ridículo falar a respeito. O amor arruína a capacidade de discernimento, e o amante – ou o amoroso – não discrimina, não separa, não conhece, não entende, não acerta. O amante não. Deve ser porque o amante, na verdade, é um portentoso sim. Daí que a linguagem do amor seja também inútil, errada, excessiva, ruminante. As personagens de Meu amor, um título descaradamente franco (como todas as ridículas cartas de amor), falam justamente essa língua. Hesitam, duplicam, abusam, confessam e pouco explicam. Explicar é desfazer as dobras; complicar é acrescentar mais dobras. O amor é mesmo todo dobrado, complicado; um nó falso, que nada prende nem solta e que, por ser feito de tantas dobras, confunde as mãos e os olhos.

(...)

Porque o amor, mais do que o fenômeno, é a linguagem dele, sobre ele, é a língua que ele faz o amante falar: uma palavra torta, inconformada e sem vergonha de mostrar sua carência”.

 

Noemi Jaffe, no prefácio do Livro “Meu amor”, de Beatriz Bracher, Editora 34.

 

 

27.03.09

 

Osório Silva Barbosa Sobrinho

27/3/2009 15:22 >>>

 

Caros todos,

 

Fim de semana espetacular é o que vos desejo.

 

Abaixo um poema e um escrito sem juízo.

 

Abraços,

 

Osório

 

 

INUTILIDADE DA POESIA

 

O que adianta dormir?

Se a canção continua,

mais pura, mais límpida,

entrando para a alma.

O que adianta descansar?

Se o ritmo faz o corpo

dobrar-se, dançar e pular

num desespero louco.

O que adianta sorrir?

Se as lágrimas continuam

aflorando os olhos,

como beijos em lábios inocentes.

O que adianta a poesia?

Se os homens ainda gritam,

ainda odeiam, ainda morrem.

O que adianta?

 

Autor: Lúcio Cardoso - Poemas inéditos.

Fonte: O Estado de São Paulo, 22 de março de 2009, domingo, Caderno 2 - Cultura, p. D2.

 

e,

 

Quantas vezes você já pronunciou uma palavra e prestou atenção na própria palavra e não no seu significado?

E na riqueza que algumas palavras trazem em si mesmas e que nada tem a ver com os seus significados?

Pronuncie e ouça a seguinte palavra: AMORTECEDOR.

Lentamente diga para você mesmo: AMORTECEDOR.

Ouviu algo?

O quê?

Decomponha a palavra em outras e aproveite a sonoridade e o significado de cada uma delas. Por exemplo:

AMOR

DOR

Ou assim: AMOR + TÊ + CÊ + DOR.

Ouviu melhor agora?

Pois é! E os significados?

Será que amor é ter dor?

Será que amor é ser dor?

Quem tem amor tem dor?

Quem é amor é dor?

O amor só dá dor e é causa de dor?

Na somatória o todo é igual às partes?

Será que a metafísica voltou seus olhos para a essência do amor?

A sua ontologia é a dor?

AMOR + TECE + DOR!

Quase sempre sim, o amor tece a dor!

Quanta contradição, meu deus/diabo!

 

SP, 26.03.09

 

 

04.04.09

 

 

Caros todos,

 

(Carta ao meu marido)

(contra macumba)

 

(RC e o antifumo) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

 

 

17.04.09

 

"Osório Silva Barbosa Sobrinho"

04/17/09 1:35 pm >>>

 

Caros todos,

 

Hoje é sexta!

 

Excelente final de semana!

 

Abaixo algumas coisitas. Bem como um anexo.

 

Abraços,

 

 

Osório

 

A minha alegria!

A minha alegria atravessou o mar

E ancorou na passarela

Fez um desembarque fascinante

No maior show da terra

Será que eu serei o dono desta festa

Um rei

No meio de uma gente tão modesta

Eu vim descendo a serra

Cheio de euforia para desfilar

O mundo inteiro espera

Hoje é dia do riso chorar

Levei o meu samba pra mãe de santo rezar

Contra o mal olhado eu carrego o meu patuá

Eu levei!

Levei o meu samba pra mãe de santo rezar

Contra o mal olhado eu carrego o meu patuá

Eu levei!

Acredito

Acredito ser o mais valente nessa luta do rochedo com o mar

E com o ar!

É hoje o dia da alegria

É a tristeza, nem pode pensar em chegar

Diga espelho meu!

Diga espelho meu

Se há na avenida alguém mais feliz que eu

Diga espelho meu

Se há na avenida alguém mais feliz que eu

A minha alegria!

A minha alegria atravessou o mar

E ancorou na passarela

Fez um desembarque fascinante

No maior show da terra

Será que eu serei o dono desta festa

Um rei

No meio de uma gente tão modesta

Eu vim descendo a serra

Cheio de euforia para desfilar

O mundo inteiro espera

Hoje é dia do riso chorar

Levei o meu samba pra mãe de santo rezar

Contra o mal olhado eu carrego o meu patuá

Eu levei!

Levei o meu samba pra mãe de santo rezar

Contra o mal olhado eu carrego o meu patuá

Eu levei!

Acredito

Acredito ser o mais valente nessa luta do rochedo com o mar

E com o ar!

É hoje o dia da alegria

É a tristeza, nem pode pensar em chegar

Diga espelho meu!

Diga espelho meu

Se há na avenida alguém mais feliz que eu

Diga espelho meu

Se há na avenida alguém mais feliz que eu

A minha alegria!

A minha alegria atravessou o mar

E ancorou na passarela

Fez um desembarque fascinante

No maior show da terra

 

IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

Enredo: O teu cabelo não nega (Só dá Lalá) - 1981

Compositores: Gibi, Serjão e Zé Catimba

 

e,

 

PROVÉRBIOS E CANTARES XXIX

 

Caminhante, são teus rastros

o caminho e nada mais;

caminhante, não há caminho,

o caminho se faz ao andar.

Ao andar se faz o caminho,

e ao voltar o olhar para trás

vê-se a trilha que nunca

mais há de voltar a pisar.

Caminhante, não há caminho

mas só pegadas no mar.

 

Autor: Antonio Machado (colaboração: José Luciano de Azevedo Junior -

PGR)

 

Em resposta recebemos:

 

De Fernando José Szegeri

Para: Osório Silva Barbosa Sobrinho

Data 04/17/09 4:51 pm

Assunto: Re: POESIA: deleite-se ou delete-me

 

Prezado Dr. Osório, se me permite uma pequena correção, já que essa é a minha praia, esse portentoso samba-enredo transcrito chamava-se originalmente "É hoje" e foi cantado pela União da Ilha do Governador no carnaval de 1982, composição de Mestrinho em parceria com o legendário Didi (Adolfo de Carvalho Baeta Neves, que ao que consta, teria sido procurador da República - uma das figuras mais fascinantes do mundo das escolas de samba).

 

O samba da Imperatriz Leopoldinense citado, "Só dá Lalá", começava assim:

 

"Nesse palco iluminado só da Lalá

És presente, imortal (Só da Lalá!)

Nossa escola se encanta

O povão se agiganta

É dono do carnaval"

 

Saudações e bom fim de semana,

 

Fernando

 

 

24.04.09

 

"Osório Silva Barbosa Sobrinho"

24/04/09 13:41 >>>

 

Caros todos,

 

Espetacular final de semana.

 

Corrigendas da semana passada:

 

>>> "Helio Vital Souza" <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.> 04/17/09 12:51 pm

>>>

Dr. Osório, belas músicas e como bom sambista, na minha opinião, um

dos melhores sambas enredos de todos os tempos. Somente uma observação: o

samba é da UNIÃO ILHA, Enredo: É Hoje - 1981 Compositores:

Didi/Mestrinho.

 

abraços,

Hélio Vital

CPL/PRAM

Manaus-AM

 

E,

 

>>> Fernando José Szegeri 04/17/09 4:51 pm >>>

 

Prezado Dr. Osório, se me permite uma pequena correção, já que essa é a

minha praia, esse portentoso samba-enredo transcrito chamava-se

originalmente "É hoje" e foi cantado pela União da Ilha do Governador no

carnaval de 1982, composição de Mestrinho em parceria com o legendário

Didi (Adolfo de Carvalho Baeta Neves, que ao que consta, teria sido

procurador da República - uma das figuras mais fascinantes do mundo das

escolas de samba).

 

O samba da Imperatriz Leopoldinense citado, "Só dá Lalá", começava

assim:

 

"Nesse palco iluminado só da Lalá

És presente, imortal (Só da Lalá!)

Nossa escola se encanta

O povão se agiganta

É dono do carnaval"

 

Saudações e bom fim de semana,

 

Fernando

 

Obrigado ao Hélio e ao Fernando.

 

Pedido ao Brasil e ao mundo: nosso colega Sérgio Taboada, um lindo

acreano, tá precisado da nossa força. Vejam:

 

 

>>> Sergio Rocha Taboada 04/23/09 12:12 pm >>>

Olá caro Osório,

 

Estou divulgando meus espaços virtuais, uma música nova e fazendo

campanha para a "Garagem do Faustão". Em baixo a letra de "Vida

Engarrafada" (qualquer semelhança não é mera coincidência..rsss). Uma

música simples, letra fácil, popular, mas com o mínimo de qualidade.

O objetivo é esse mesmo. Fazer as pessoas se divertirem e pensar, sem

ser chato ou metido a sofisticado musicalmente... Lá mais embaixo, os

links para ouvi-la e ver uns vídeos caseiros (nada de pornô...rss)

Quero sua ajuda, divulgando para seus contatos, se possível...

 

Vida Engarrafada

(SergioTabu)

 

Mora na cidade grande

E todo dia ele vê gente, gente, gente, gente

Procura a felicidade

Em qual fila isso vende, vende, vende, vende?

 

Anda no seu carro novo

Financiado e alienado

Mas logo na primeira rua

O trânsito fica parado

Veloz que nem tartaruga

Ele vive engarrafado

Respeita placas e sinais

Mas não entende é sempre multado

 

Mora na cidade grande

E todo dia ele vê gente, gente, gente, gente

Procura a felicidade

Em qual fila isso vende, vende, vende, vende?

 

Tenta outra solução

Mas o metrô está sempre lotado

Passa o dia "emparedado"

Pensa que ainda vai morrer sentado

Não sente vento e nem chuva

Só poluição e ar-condicionado

Dizem que é uma pessoa livre

Não tem direito a banho de sol

 

Mora na cidade grande

E todo dia ele vê gente, gente, gente, gente

Procura a felicidade

Em qual fila isso vende, vende, vende, vende?

 

E lá no seu trabalho

Onde cumpre fielmente o horário

Tem chefe inteligente, boa gente

Mas também tem chefe que é demente

Surtado, louco, incoerente

Que adora "pisar" em gente

Esquecem que além da profissão

No seu peito bate sempre um coração

 

Mora na cidade grande

E todo dia ele vê gente, gente, gente, gente

Procura a felicidade

Em qual fila isso vende, vende, vende, vende?

 

E quando chega em casa

Querendo logo descansar

O telefone toca pra avisar

Que o cartão ele tem que pagar

O banco bonzinho pra emprestar

Fica malvado quando é pra cobrar

Não quer saber, logo ameaça

Que vai mandar seu nome pr'o Serasa

 

Mora na cidade grande

E todo dia ele vê gente, gente, gente, gente

Procura a felicidade

Em qual fila isso vende, vende, vende, vende?

 

E se liga a televisão

Parece até um flime de ação

Tiros no morro, assaltos, caveirão

Motoqueiros caídos no chão

Efeito estufa e alagação

Carros batidos, quanta emoção!

Meu Deus é muita confusão

Isso que chamam civilização

 

 

Onde estão meus vídeos:

 

http://www.myspace.com/457405568

 

Aqui vc encontrará inicialmente os vídeos de Vida Engarrafada e

Pronunciamento... (tudo feito em casa por mim mesmo...)

 

 

Onde estão meus MP3:

 

http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/taboada/

 

De quebra venha o blog do skinão, que tem o vídeo do Joaquim Barbosa X

Gilmar Mendes.

 

Abçs,

 

Taboada

 

Vamos votar no colega!

 

Abraços a todos,

 

Osório

 

 

À FRANCESA

 

Uma'strela

vai dormir

toda vez

que esqueces

de sorrir.

 

Autor: Luiz Fafau em Poesias Urbano.

 

 

E,

 

"Em meu país deserto és tu a última rosa".

 

Autor: Pablo Neruda.

 

E,

 

"Ao te ver dormindo,

penso que comigo sonhas.

Contigo sonho mesmo acordado!

Ah! Como é bom ditar ao teu lado.

Tua respiração pausada e quente aquece-me do frio.

Teu hálito tem gosto de bebida de anis.

Ao sugar teus lábios avermelhados,

da sede sou saciado.

Ao ser preso em teus braços,

finalmente encontro a paz,

recebendo vida nova,

no amor que a gente faz".

 

 

Em resposta recebemos:

 

De "Maurício Manso"

Para:

Data 04/24/09 3:08 pm

Assunto: Re: ...alguma poesia

 

só para ilustrar:

 

G. R. E. S. União da Ilha do Governador

 

Escola fundada a 7 de março de 1953 por Maurício Gazelle, Joaquim Lara de Oliveira (Quincas), Orphylo Bastos e mais 59 sócios, com sede localizada na Estrada do Galeão, 322, Ilha do Governador. Suas cores são azul, vermelha e branca. No dia 5 de março de 1953, desfilavam na Estrada da Cacuia, ponto central do carnaval da Ilha, pequenas escolas e blocos de vários bairros da região. Maurício, Orphylo e Quincas sentiram a necessidade de fundar uma escola de samba da própria Cacuia. Passada a festa, o grupo se juntou aos rapazes do time de futebol União Futebol Clube e, no dia 7 de março, no armazém do Maurício, fundaram a escola. O autor do desenho do brasão da bandeira foi Édson Machado. A escola tinha o maior ganhador de sambas-enredos, Didi, pseudônimo do Procurador da República Adolfo de Carvalho de Baeta Neves. Didi ganhou um total de 24 sambas-enredos em várias escolas, seja assinando com pseudônimo ou simplesmente não assinando. Suas principais colocações nos grupos e seus respectivos enredos, segundo Hiram Araújo, no livro "Carnaval - Seis mil anos de história", foram: 1990: sétimo lugar no Grupo Especial com o enredo "Sonhar com o rei dá João"; 1991: nono lugar no Grupo Especial com o enredo "De bar em bar, Didi um poeta"; 1992: décimo lugar no Grupo Especial com o enredo "Sou mais minha Ilha"; 1993: décimo primeiro lugar no Grupo Especial com o enredo "Os maiores espetáculos da terra"; 1994: quarto lugar no Grupo Especial com o enredo "Abrakadabra o despertar dos mágicos"; 1995: décimo primeiro lugar no Grupo Especial com o enredo "Todo dia é dia de índio"; 1996: décimo segundo lugar no Grupo Especial com o enredo "A viagem da pintada encantada"; 1997: décimo segundo lugar no grupo Especial com o enredo "Cidade maravilhosa, o sonho de Pereira Passos"; 1998: nono lugar no Grupo Especial com o enredo "Fatumbi – Ilha de Todos os Santos"; 1999: décimo lugar com o enredo "Barbosa Lima, 102 anos do sobrinho do Brasil"; 2000: oitavo lugar no Grupo Especial com o enredo "Pra não dizer que não falei das flores"; 2001: Desfilou com o enredo "A União faz a força com muita energia". Em 2002 a escola classificou-se em 3º lugar no defile do Grupo de Acesso. No ano de 2006, tendo como presidente Giovanni Reinte, desfilou com o samba-enredo "As minas Del Rei São João", de autoria de Alberto Varjão, Muca, Carlinhos Danoninho, Adilson Cobra Criada, Bebeto do Arrastão, Pinto, Carlinhos Fuzil, Maurício Maia, Niva e Ricardo Grassano, tendo como puxador Ito Melodia. No ano de 2008 desfilou no Grupo de Acesso A, no qual se classificou em 5º lugar. Em 2009 a escola foi a vencedora do Grupo de Acesso A, retornando ao Grupo Especial no ano de 2010. BIBLIOGRAFIA CRÍTICA: ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006. AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Esteio Editora, 2008.

 

 

30.04.09

 

"Osório Silva Barbosa Sobrinho"

04/30/09 9:27 am >>>

 

Caros todos,

 

Um final de semana longo exige, muitas vezes, longa espera! Para todos que tudo valha a pena, inclusive a espera.

 

Alias, como disse, sabiamente, a Cris: "ENQUANTO HÁ DOR TEM VIDA".

 

Isis José Leite - PRMT, "agente" colaborador assíduo, enviou o texto do Osho (em anexo), do qual pitei algumas coisas interessantes, menos permitir que minha filha siga a lição do autor!.

 

O Ricardo Latorre - PRR2, colaborou com a decisão rimada em anexo. O que me fez lembrar de algo que produzi lá no Amazonas (uma réplica), também em anexo.

 

Por fim, abaixo e em anexo (declamado por Othon Bastos): AUGUSTO DOS ANJOS!

 

Pois é, boa leitura.

 

Abraços,

 

Osório

 

Interrogação

 

Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,

Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;

E apesar disso, crê! nunca pensei num lar

Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.

Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.

E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.

Nem depois de acordar te procurei no leito

Como a esposa sensual do Cântico dos cânticos.

Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo

A tua cor sadia, o teu sorriso terno...

Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso

Que me penetra bem, como este sol de Inverno.

Passo contigo a tarde e sempre sem receio

Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.

Eu não demoro a olhar na curva do teu seio

Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.

Eu não sei se é amor. Será talvez começo...

Eu não sei que mudança a minha alma pressente...

Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,

Que adoecia talvez de te saber doente.

 

Autor: Camilo Pessanha

 

e,

 

Vencedor

 

Toma as espadas rútilas, guerreiro,

E á rutilância das espadas, toma

A adaga de aço, o gládio de aço, e doma

Meu coração — estranho carniceiro!

Não podes?! Chama então presto o primeiro

E o mais possante gladiador de Roma.

E qual mais pronto, e qual mais presto assoma,

Nenhum pode domar o prisioneiro.

Meu coração triunfava nas arenas.

Veio depois de um domador de hienas

E outro mais, e, por fim, veio um atleta,

Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem...

E não pude domá-lo, enfim, ninguém,

Que ninguém doma um coração de poeta!

 

Autor: Augusto dos Anjos.

 

 

08.05.09

 

"Osório Silva Barbosa Sobrinho"

08/05/2009

 

Caros todos,

 

Que o final de semana seja daqueles que todos esperam!

 

Abaixo um belo poema e em anexo uma música e sua "tentativa" de tradução. É de autoria do cantor espanhol José Luis Perales um mestre das palavras e um poeta de primeira grandeza.

 

Abraços,

 

Osório

 

A índole da multidão

 

Há suficiente traição, ódio, violência, absurdo no ser humano comum

para abastecer qualquer exército a qualquer momento.

E os melhores assassinos são aqueles que pregam contra o assassinato.

E os melhores no ódio são aqueles que pregam amor.

E os melhores na guerra enfim, são aqueles que pregam paz.

 

Aqueles que pregam Deus precisam de Deus.

Aqueles que pregam paz, não têm paz.

Aqueles que pregam amor, não tem amor.

Cuidado com os pregadores

Cuidado com os conhecedores.

 

Cuidado com aqueles que estão sempre lendo livros.

Cuidado com aqueles que ou detestam a pobreza ou orgulham-se dela.

Cuidado com aqueles rápidos em elogiar, pois eles precisam de louvor

em

retorno.

Cuidado com aqueles rápidos em censurar, eles temem o que desconhecem.

Cuidado com aqueles que procuram constantemente multidões; eles não

são

NADA sozinhos.

Cuidado com o homem vulgar

A mulher vulgar

Cuidado com o amor deles.

 

Seu amor é vulgar, busca vulgaridade

Mas há força em seu ódio,

há força suficiente em seu ódio para matá-lo,para matar qualquer um.

Não esperando solidão

Não entendendo solidão

Eles tentarão destruir qualquer coisa que difira deles mesmos.

Não sendo capazes de criar arte

Eles não entenderão a arte.

Considerarão seu próprio fracasso como criadores apenas como falha do

mundo..

Não sendo Capazes de amar plenamente

Eles ACREDITARÃO que seu amor é incompleto

Então te odiarão.

 

E seu ódio será perfeito

Como um diamante brilhante

Como uma faca

Como uma montanha

Como um tigre

Como cicuta

Sua mais refinada ARTE.

 

Autor: Charles Bukowski (Colaboração: Guilherme Chaibe Montenegro / PRR1)

 

 

 

29.05.09

 

Osório Silva Barbosa Sobrinho <

Em 29/05/2009 17:24

escreveu:

 

DOS BONS MODOS E OUTRAS IMBECILIDADES

 

Eu não vejo utilidade em dizer "bom dia".

 

Eu não desejo bom dia a ninguém deste planeta. Well... a quase ninguém.

Ver o outro como igual? Hipocrisia. Ninguém precisa do meu "bom dia" pra viver em paz durante as vindouras vinte e quatro horas.

Eu não vejo utilidade em dizer "boa tarde".

Eu não vejo utilidade em dizer "boa noite". Nem "feliz páscoa". Ou "feliz natal". Seja lá "feliz" o que for que a turba inconsciente estiver comemorando.

Eu não consigo ser boa atriz ao ponto de fingir bons votos. Além de articular as palavras das fórmulas consagradas, é preciso um sorriso de dentes certinhos, um olhar cristalino, um ar caritativo de militância cristã. Não é questão de revolta, azedume. Há gente mil vezes mais azeda que eu, que consegue fingir com maestria.

O fato é que e u não acredito. Nem nos rituais sociais e muito menos em quem os executa. Marionetes de si mesmas, as pessoas vão acreditando nas miragens que projetam, e acabam se confundindo com a respectiva ilusão.

Cascas ambulantes. Imitadores mútuos de gestos vazios. Vadios, ladrões e prostitutas da própria alma.

Eu não sinto vontade de ex ecutar os passos de pantomimas que só cristalizam as tensões mais ásperas. Bons modos. Etiqueta. Pro inferno com a obrigação de parecer de fácil digestão.

Eu não me incomodo mais se alguém se melindra por que eu o ignoro. Só as galhofas sonsas é que consternam, por comprovar que o menosprezo é bem merecido. Eu queria que me pagassem na mesma moeda: desconsiderem-me!

Mas não dar "bom dia" é crime de excomu nhão social. Atrai o estigma de pretensão, que gruda feito nhaca. Pedante, pernóstica. "Quem é ela pra nos ignorar????" I am who i am, carapálidas! Assim como vocês são vocês.

Somos ilha. A solidão é nosso berço, nossa cova e roupa. Infantilidade pensar o contrário. E eu só consigo viver se me abstrair da monotonia que vocês exalam. O cheiro é asfixiante!

Não dar bom dia evoca a tal da educação, que os ascendentes não deram.

E ninguém lembra que essa educ ação é sinônimo de adestramento. Eu nunca quis ser um mico de circo mesmo...

Eu gostaria de ver utilidade no "bom dia". Talvez assim eu o dissesse.

Eu gostaria de ver utilidade nesta rotina bestificante que chamamos existência... Eu gostaria de saber, afinal, porque diabos precisamos ter dias e dias, bons ou ruins, que somem sem clemência ou aviso, sempre com dores, mais ou menos selvagens.

Não importa a quantidade ou qualidade dos "bom dia". Nenhuma exortação vai mesmo tornar menos íngreme este vale de lágrimas...

 

Autora: Naamir

 

A autora é minha amiga a quem não posso nunca negar nada!

 

Abaixo um poema que, salvo engando, E SEMPRE ESTOU ENGANDO, já encaminhei. Além do mais, não sei se é da Cora Coralina. Alguém pode ajudar?

 

Outra poeta maior é a colega Renata de Aragão Lopes, que tem algumas pérolas publicadas em:

http://poemadi a.blogspot.com/search/label/Renata.

 

Bom final de semana.

 

Osório

 

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.

 

Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.

Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.

Já passei noites chorando até pegar no sono, j fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.

Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.

Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.

Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.

Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.

Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar q uieta em meu canto.

Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.

Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.

Já tive crises de riso quando não podia.

Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.

Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.

Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.

Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.

Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.

Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.

Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.

Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".

J á cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.

Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.

Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.

Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.

Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram...

Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.

Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!

Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos,

dos sentimentos mais fortes.

Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco qeu vou dizer:

- E daí? EU ADORO VOAR!

 

Autora: Cora Coralina (a autoria é controvertida. Dizem que é da Cecília Meireles e/ou da Bruna Lombardi.)

 

Em resposta recebemos:

 

Prezado Osório,

 

como é notório o seu apreço pela poesia, sugiro-lhe a leitura do blog

http://poemadia.blogspot.com/ que reúne poetas de todo o país, dois

deles postando a cada dia do mês.

 

A propósito, fui convidada a integrá-lo assumindo a postagem do dia

23.

 

Caso queira conhecer os textos que postei até agora, entre direto no

link http://poemadia.blogspot.com/search/label/Renata

Um boa Semana Santa,

Renata de Aragão Lopes

PRM Juiz de Fora/MG

http://poemadia.blogspot.com/search/label/Renata

 

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