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Os suicidas.

Os suicidas.

 

Embora “haja quem diga que eu dormi de touca, que eu perdi a boca, que eu fugi da briga, que eu caí do galho e que não vi saída, que eu morri de medo quando o pau quebrou”, salvo engano o Sérgio Sampaio, e embora eu tenha o mínimo de experiência sobre o assunto, tendo sido minhas poucas tentativas frustradas, como a daquele kamikaze que morava em São Paulo, digo-vos: não tenho a mínima admiração pelos suicidas, embora tenha infinito respeito por suas coragens!

 

E digo isso de peito aberto, pois não temo nenhum deles que tenha obtido sucesso em sua empreitada! Aliás, enfrento a todos os bem sucedidos!

É que acho um ato de extrema coragem deixar essa vida, embora finita, mas certa, por uma infinita, mas totalmente incerta!

Para o suicida não vale o sábio dito popular de que “é melhor um pássaro na mão que dois voando”, ou melhor, para eles nada vale nada, já que não estão nem aí para a própria vida, única coisa capaz de proporcionar outras coisas, como, por exemplo: tomar um banho de cachoeira, ver o mar, tomar uma rajada de brisa perfumada por jasmins ou damas da noite ou qualquer outra flor, tomar uma cerveja gelada depois do futebol, comer uma costela bovina assada, receber um abraço e um beijo de um filho, um beijo de amor da mulher amada, sentir seu hálito quente e perfumado, cheirar suas axilas com o perfume quase vencido e com pelos suficientes para esconder suas narinas (não vou descer a outros detalhes), tudo isso não tem suicídio que pague!

Por tudo isso, e algo mais, vou ficando por aqui, sem querer ver o outro lado, que deixaria de bom grado aos meus inimigos, se os tivesse, mas que, não os tendo, deixo para aqueles que dizem que há vida após a morte e que o tal lado de lá é melhor que o lado de cá!

Enquanto eles se matam na incerteza, “eu quero é botar meu bloco na rua, gingar, pra dar e vender”, que é minha única certeza de satisfação.

 

Abraços,

 

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