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74 – Vento: é quente ou frio?

Sofística

(uma biografia do conhecimento)

 

74 – Vento: é quente ou frio?

 

Nos diz Guthrier:

 

Aristóteles fala do ponto de vista de sua própria filosofia e da filosofia platônica, de acordo com a qual existe uma realidade além e independente de nossos conhecimentos e crenças, e contrastando com ela a doutrina de Protágoras segundo a qual nada existe a não ser o que cada um de nós percebe e conhece. (Uma vez que nossas percepções nesta teoria são infalíveis, deve-se dar a elas o nome de conhecimento, Teet. 152c). São nossos próprios sentimentos e convicções que medem e determinam os limites e a natureza da realidade, que só existem em relação a elas e é diferente para cada um de nós. A oposição de Aristóteles mostra que para ele a doutrina de Protágoras era doutrina de puro subjetivismo e relativismo. Será que esta avaliação era correta? Duas visões foram tomadas. Para colocá-lo nos termos do exemplo de Platão (Teet. 152b), se o vento está frio para mim que o sinto frio, e é quente para você que o sente quente, significa isto que o vento em si mesmo é tanto quente como frio, ou que o vento em si mesmo não é nem quente nem frio? Em termos gerais, devemos dizer (a) todas as propriedades percebidas por alguém coexistem no objeto físico, ou (b) que as propriedades perceptíveis não têm nenhuma existência independente no objeto, mas vêm a ser como são percebidas, e para o percipiente? [Osório diz: ver sobre o vento em Gilbert / Realidade e conhecimento]. (Fonte: Os sofistas, W. K. C. Guthrie, tradução, João Rezende Costa, Paulus, São Paulo, 1995, p. 174).

 

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