Sofística
(uma biografia do conhecimento)
73 – Igualdade educacional.
Ensina Kerderd:
“Comparada a esses gritos de guerra, a abordagem de Faleas é realmente de caráter moderado e reformista. Embora não seja nomeado como sofista no sentido de um mestre profissional, Faleas pertence quase que certamente à última parte do século V a.C. e portanto deve ser considerado como fazendo parte do movimento sofista. Que estava interessado na educação é evidente pela afirmação de Aristóteles (Pol. II, 7.8), segundo a qual ele propusera não apenas igualdade em propriedade, mas também igualdade de educação [Osório diz: será que os sofistas ofereciam bolsas de estudo?]. Infelizmente não nos é dito de que forma ele supunha que isso seria organizado. Poderia ter sido baseado na prática em Esparta, mas mais provavelmente contempla a educação pública gratuita e universal [Osório diz: proposição sofística]. Se ela fosse concebida como se estendendo até a educação provida pelos sofistas, envolveria uma mudança na situação contemplada por Protágoras, na qual são os ricos que podem obter a melhor educação para seus filhos (Platão, Prot. 326c3-4). Em termos modernos, isso seria o equivalente à educação universitária para todos financiada pelo Estado. (Fonte: O movimento sofista, G. B. Kerferd, tradução de Margarida Oliva, Loyola, São Paulo, 2003, p. 262-263).