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45.42 – Protágoras – diferença entre “estado original do homem” e “estado primordial da sociedade”.

Sofística

(uma biografia do conhecimento)

 

45.42 – Protágoras – diferença entre “estado original do homem” e “estado primordial da sociedade”.

 

Doutrina Untersteiner:

 

Uma consideração especial merece o (em grego), Sobre a condição originária do homem. Se se aceita a opinião corrente, deve-se admitir que o conteúdo do mito de Protágoras em Platão (Prot., 320c-322d) corresponde pelo menos à trama dessa seção das Antilogias. Mas se anteciparmos, por um momento, o significado do mito, parecerá que ele representaria o estado originário do homem, visto no momento de seu nascimento e na primeira aquisição das artes técnicas necessárias para a existência. Mas somos levados, por meio dessa visão mítica, também à última e definitiva fase da civilização. Essa visão não pode corresponder ao "estado originário". Consequentemente, creio que o mito devia se encontrar no escrito Verdade, dado o caráter construtivo dessa obra. Ao contrário, nas Antilogias se representou apenas o estado primordial da sociedade humana, quando ainda era conturbada pelas contradições da physis que, de um lado, deixa o homem sem os meios naturais de defesa e, de outro, o torna incapaz de usufruir socialmente das forças da natureza (o fogo), que deveria melhorar seu nível de vida. Essas contradições entre o dever ser e o ser podem muito bem coincidir com o tema geral das Antilogias, das quais esse escrito Sobre a condição originária do homem era parte constitutiva.” [Osório diz: Protágoras: diferença entre “estado original do homem” e “estado primordial da sociedade”]. (Fonte: A obra dos sofistas: uma interpretação filosófica, Mario Untersteiner, tradução: Renato Ambrósio, Paulus, São Paulo, 2012, p. 41-42).

 

 

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