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41.70 - Fenômeno - o que é.

Sofística

(uma biografia do conhecimento)

 

41.70 - Fenômeno - o que é.

 

É Barbara Cassin quem diz:

 

Para Aristóteles, como enfatiza Heidegger um pouco mais acima (p. 50 fr. = 32 a 11.), remetendo em particular aos capítulos 1 a 6 do De Interpretatione, — “'dizer', légein, é apophaínesthai, 'fazer ver' (phaínesthai) a partir daquilo mesmo sobre o que ele discorreu (apó)”: "No discurso (apóphansis), na medida em que ele é autêntico, o que é dito resulta daquilo de que se fala". É por isso que "fenomenologia quer... dizer apophaínesthai tà phainómena: fazer ver de si mesmo o que se manifesta, tal como, de si mesmo, isso se manifesta" (p. 52 = 34).

Ora, essa compreensão do lógos implica que se esteja, simultaneamente, em posse de um conceito completo de fenômeno. O "tal como" implica, com efeito, que se compreenda o fenômeno como "o que (a) parece como", aparição, e aparência fundada nessa aparição.

Tudo depende, para a compreensão do conceito de fenômeno, de ver bem como as duas significações do que se designa como phainómenon (o "fenômeno" como o que se mostra e o "fenômeno" como aparência) estão unidos pela própria estrutura do conceito. Pois é apenas na medida em que alguma coisa pretende, quanto a seu sentido, se mostrar, quer dizer, ser um fenômeno, que essa alguma coisa pode se mostrar como o que ela não é, pode somente "parecer como" (p. 46 = 29).” (Fonte: Ensaios Sofísticos, Barbara Cassin, Tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão, Edições Siciliano, São Paulo, 1990, p. 227-228).

 

 

 

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