Sofística
(uma biografia do conhecimento)
41.61 - Paradoxo do mentiroso.
É Barbara Cassin quem diz:
“Paradoxo do mentiroso – formulado por Luciano de Samósata, em seu História verdadeira, diz o seguinte:
"Decidi mentir, mas com mais honestidade que os outros, pois há um ponto sobre o qual eu direi a, verdade, é que eu conto mentiras". (Fonte: Ensaios Sofísticos, Barbara Cassin, Tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão, Edições Siciliano, São Paulo, 1990,p. 15).
O paradoxo nasce, justamente, por não deixar saída a quem o conhece!
No caso de Luciano, acima, por exemplo, se ele estiver dizendo a verdade, ele está dizendo a verdade, mas se ele estiver mentindo, ele também está dizendo a verdade!
Costumo fazer uma analogia do paradoxo com algumas palavras, tais como: saras, ana, arara, osso, reler, ovo e várias outras.
Seria isso um mini-paradoxo?
(Estas palavras, e existem até mesmo frases, que podem ser lidas da direita para a esquerda, como lemos normalmente, ou da esquerda para a direita, são denominadas de Palíndromos, ou Bifrentes ou Anacíclicos).”