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6 – Democracia – seu início e seus perigos.

Sofística

(uma biografia do conhecimento)

 

6 – Democracia – seu início e seus perigos.

 

Expõe Guthrie:

 

O trato de Mitilene pela democracia ateniense ilustra seus perigos, e talvez também suas virtudes. Depois de dominar uma revolta em 428, a Assembleia sob influência de Clêon enviou uma trirreme com ordens de matar todo homem na cidade e escravizar as mulheres e as crianças. No dia seguinte, arrependeram-se de sua crueldade atroz, e, depois de segundo debate, reverteram a decisão por magra maioria e despacharam uma segunda trireme a grande velocidade para cancelar a ordem. Comendo junto aos remos e dormindo revezando-se, conseguiram chegar antes que a ordem fosse levada a efeito. Neste caso, a fraqueza da democracia diante da oratória demagógica contrabalançou por sua prontidão em reconsiderar e dar a ambos os lados adequada audição [Nota 10: O tamanho dos Estados modernos impede uma democracia completa, enquanto oposta a uma representativa, mesmo que fosse desejada, e provavelmente os únicos lugares onde se pode observar hoje são as Universidades de Oxford e Cambridge, onde semelhantes exemplos de vacilação não são desconhecidos.]. A pequena ilha de Melos foi menos afortunada, e seus habitantes sofreram a sorte originalmente planejada para Mitilene. Seu crime foi preferir a neutralidade à inserção no império ateniense. [Osório diz: Isso aconteceu no início da Democracia, o que mostra que esta é importante, pois permite rever seus atos tidos como errados] [Osório diz: o autor muda de assunto, embora a ele retorne na nota de rodapé]. (Fonte: Os sofistas, W. K. C. Guthrie, tradução, João Rezende Costa, Paulus, São Paulo, 1995, p. 24).

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