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5.1 – O estabelecimento da escrita na Grécia.

Sofística

(uma biografia do conhecimento)

 

5.1 – O estabelecimento da escrita na Grécia.

 

Os Sofistas surgem na Grécia quando a escrita começava a ser fixada e apoiaram-na incondicionalmente! Diversamente de Platão, por exemplo, como se disse. Eles dela necessitavam para instruir seus alunos também em outras cidades, com o que não seria necessária suas presenças constantemente, pois não queriam “homens livros”. A prova maior dessa utilização da escrita pelos sofistas nos é dada pela existência do próprio “Anônimo de Jâmblico”, que, como se verá oportunamente, tem a forma de exercícios a serem praticados/memorizados por estudante de sofística.

A lógica, tudo indica, já existia antes de Aristóteles, pois Protágoras criou as antilogias (antilógicas) para combatê-la. Aristóteles, assim, apenas a teria fixado pela escrita.

 

Diz mais Martin Burckherdt:

 

Da mesma forma pela qual Aristóteles cuidou dos sofistas, também desenvolveu com sucesso o livro de receitas do pensamento lógico. Com isso, Kant pôde dizer mais tarde que a lógica desde Aristóteles "não conseguiu avançar nenhum passo, parecendo, dessa forma, finalizada e perfeita em todos os sentidos". E, todavia, se quiséssemos falar das leis da razão, precisaríamos trazer à tona uma objeção importante. Todas essas belas frases remontam o alfabeto como condição de possibilidade para poder efetivamente conduzir à lógica. Se Aristóteles atribuiu ao princípio da identidade que A é igual a A, se a casualidade é atribuída ao fato de que quem diz A, também pode dizer B, se a assim chamada conclusão silogística (se A = B e A = C, então B = C) por fim completa o ABC da lógica, vemos assim que nela existem algumas suposições básicas que o lógico não considera. Se retirássemos o alfabeto do lógico, tiraríamos dele o fundamento de seu negócio – não haveria mais nada que lhe pudesse garantir identidade ou casualidade.

Aprox. 340 a.C. Credita-se a Euclides (365 a 300 a.C.) a "matematização" da lógica aristotélica. Em seu livro Elementos (grego stoichea — ou seja: as letras) ele demonstra que os conjuntos comuns se originam de axiomas. Não se fez mais nada. com a lógica, que se torna um problema novamente apenas nos séculos XIX e XX. (Pequena história das grandes ideias, Martin Burckhardt, tradução de Petê Rissatti, Tinta Negra: 2011, p. 45/46).

 

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