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Poesia: deleite-se ou delete-me (18.03.16).

 

Maraãvilhosos,

Livro   beto

Imagem encaminhada pelo Beto Zabrockis. Obrigado a ele.

 

 

 

Afagar o ego das pessoas faz bem!

 

Quando, em 1995, fui fazer as provas orais no concurso de procurador da República (eu já era promotor de Justiça fazia 6 anos), coloquei em prática o conselho de uma pessoa que agora não recordo quem foi! Me disse ela o seguinte: “Procura te informar sobre quem são os integrantes da banca examinadora e lê as obras que eles tenham publicado (livros, artigos, contos, poemas, tudo, afinal, que fores capaz de encontrar e ler). Se tiveres oportunidade, ou se não tiveres arranja, mostra ao examinador que conhece a obra dele”!

Fiquei espantado e perguntei-lhe: “Mas isso não soará como uma bajulação ou um puxa-saquismo barato?”

Você precisa disso?”, respondeu-me.

Segui o conselho doa amigoa e me informei sobre todos e li tudo que podia. Destaco, por todos, dois examinadores: Marcelo Lavenère e Inocêncio Mártires Coelho.

Quanto fui ser inquirido por Marcelo Lavenère (Direito Civil, creio), esperei que ele formulasse a pergunta e, antes de responder, parabenizei-o pela assinatura da “denúncia” que levou ao impeachment do ex-presidente Collor, que era fato recente. Depois respondi normalmente a questão.

Pude perceber, ao fazer o merecido elogio ao advogado examinador, que suas feições, levemente, mudaram, para melhor!

Com Inocêncio Mártires Coelho, que tinha sido procurador geral da República e é paraense, a coisa foi mais interessante. Evitei falar sobre a época que ele foi PGR, pois, parece, ele não gosta muito do assunto, mas fui buscar em outro paraense, Orlando Bitar, de quem Inocêncio tinha sido aluno, o tema para entabular o conhecimento que eu tinha sobre ele e sua obra. O examinador abriu um vasto sorriso, elogio também o seu mestre em Direito Constitucional que, dizem, é mais conhecido na Alemanha que no Brasil, e me foi bastante simpático, característica que, dizem alguns, não lhe é peculiar.

Portanto, fica a dica para você que ainda faz concurso e enfrentará uma banca examinadora brevemente.

Afagar o ego é melhor que brigar com o examinador, como foi o meu caso, em banca examinadora anterior, quando um padre me reprovou, após justa provocação, em um concurso para a Universidade Federal do Amazonas, mas isso já é outra história...

Abraços,

 

Osório

 

POEMEMOS:

 

Desde que te quero

 

Desde que te quero tenho me mudado todo

Desde que te quero acabei sem asas

E me fiz teu escravo

Desde que te quero

Voltei a ser futuro e horizonte

E voltei a ser desejo

E lua de tuas noites.

E voltei a ser vulcão e gaivota

E voltei a ter ciúme das pessoas

E voltei a ser de novo

A sombra de tua sombra

E voltei a ser poema

E beijo de tua boca.

Desde que te quero despertou a vida

Desde que te quero esqueci meu nome

E me fiz todo teu.

Desde que te quero

Voltei do silêncio à palavra

E tenho sido primavera e neve em tua montanha.

E voltei da noite à manhã

E tenho trocado meu sonho pelo teu

E voltei a ser violão

E voltei a ser veleiro

E mudei o meu rumo

Desde que te quero.

E voltei a ser vulcão e gaivota

E voltei a ter ciumento das pessoas

E voltei a ser de novo

A sombra de tua sombra

E voltei a ser poema

E beijo de tua boca.

 

Autor: José Luis Perales (tradução: Osório Barbosa e você, que encontrando erros e equívocos vai me dizer para que eu melhore).

 

(Quem desejar ouvir, está em: https://www.youtube.com/watch?v=EOnNK3B58nM.).

 

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