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Poesia: deleite-se ou delete-me (21.11.14).

 

Maraãvilhosos,

 

ele

 

 

Ontem comemorou-se, com feriado aqui em São Paulo, por exemplo, o “Dia da Consciência Negra”, que a Cris, nossa eterna colaboradora, antecipou com a obra acima!

 

Na semana passada encaminhei-lhes dois links com duas intérpretes diversas para o tango “Nostalgias”, cuja música é de autoria de Juan Carlos Cobián, e a letra: Enrique Cadícamo.

Abaixo a letra com uma versão que fiz (a versão, certamente, não é a melhor, mas... Aliás, ouvi algo fantástico: “as melhores obras de arte [pintura, escultura, poesia e prosa etc.]” foram compostas quando não existiam críticos”! Por certo que contribuições serão sempre bem-vindas).

 

Nostalgias.

(Saudades)

 

Quiero emborrachar mi corazón

(Quero embriagar meu coração)

 

para olvidar un loco amor

(Para apagar um louco amor)

 

que más que amor es un sufrir...

(que mais que amor é um sofrer...)

 

Y aquí vengo para eso,

(E aqui venho para isso)

 

pra borrar antiguos besos

(para apagar antigos beijos)

 

en los besos de otras bocas...

(nos beijos de outras bocas...)

 

Si su amor fue "flor de un día"

(Se seu amor foi "flor de um dia")

 

¿por qué causa es siempre mía esa cruel preocupación?

(por que causa sempre em mim essa cruel preocupação?)

 

Quiero por los dos mi copa alzar

(Quero pelos dois meu copo alçar)

 

para olvidar mi obstinación

(para esquecer minha obstinação)

 

y más la vuelvo a recordar.

(e a mais a volto a recordar)

 

 

 

Nostalgias.

(Saudades)

 

de escuchar su risa loca y sentir junto a mi boca

(de escutar sua risada louca e sentir junto a minha boca)

 

como un fuego su respiracion...

(como um fogo sua respiração...)

 

Angustia

(Angústia)

 

de sentirme abandonado

(de sentir-me abandono)

 

y pensar que otro a su lado pronto, pronto le hablara de amor...

(e pensar que outro ao seu lado logo, logo lhe falará de amor...)

 

Hermano,

(Irmão)

 

yo no quiero rebajarme

(eu não quero rebaixar-me)

 

ni pedirle ni rogarle

(nem pedir-lhe nem rogar-lhe)

 

ni decirle que no puedo más vivir.

(nem dizer-lhe que não posso mais viver)

 

Desde mi triste soledad

(Desde minha triste solidão)

 

vere caer las rosas muertas

(verei cair as rosas mortas)

 

de mi juventud.

(da minha juventude)

 

Gime, bandoneon, tu tango gris

(Geme, bandoneon, teu tango gris)

 

quizas a ti te hiera igual

(quem sabe a ti te fira igual)

 

algun amor sentimental...

(algum amor sentimental...)

 

Llora mi alma de fantoche

(Chora minha alma de fantoche)

 

sola y triste en esta noche,

(sozinha e triste nesta noite)

 

noche negra y sin estrellas.

(noite negra e sem estrelas)

 

Si las copas traen consuelo,

(Si os copos trazem consolo)

 

aqui estoy con mi desvelo

(aqui estou com meu desvelo)

 

para ahogarlo de una vez.

(para afogá-lo de uma vez)

 

Quiero emborrachar al corazon

(Quero embriagar o coração)

 

para después poder brindar

(para depois poder brindar)

 

por los fracasos del amor.

(pelos fracassos do amor).

 

Dentre os meus vários defeitos, tem um em especial que costuma incomodar a mim mesmo e a todos: fico o dia inteiro repetindo uma palavras, uma estrofe de um poema e/ou música ou um nome qualquer!

Contudo, hoje, acabo de ter uma surpresa legal! Foi a seguinte: venho ouvindo a música acima constantemente nos últimos dias! Meu filho Osório di Maraã, 8 anos, comentou: “Essa música é viciante! É legal!”. Ouvia ele a versão tocada por Anibal Troilo e seu bandoneon (que está no seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=jK9S-lOLkbk e  https://www.youtube.com/watch?v=5OXvVDDcOJ4&feature=youtu.be.). Foi legal pois constatei, mais uma vez, que o ensino pelo exemplo ainda é um dos melhores, daí eu ser apaixonado por Nelson Gonçalves, por exemplo, que meu pai ouvia à exaustão. Obrigado a ele.

Tal qual o samba, os primeiros tangos não tinham letras, seus autores, como os sambistas, eram analfabetos!

No caso de “Nostalgias”, música e letras “casaram num casamento” perfeito, tanto assim que existem mais de uma centena de intérpretes, muitos deles consagradíssimos.

 

Abraços,

 

Osório

 

POEMEMOS:

 

Hoje os poemas estão acima!

 

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