Quando Pinduca, por volta de 1975, começou a fazer sucesso no Amazonas e quejandos com seus carimbós, papai ao ouvir a música “Dona Maria” , cuja letra diz:
“DonaMaria
Dona Maria chegou, chegou, chegou
com a mandioca
para fazer a farinha, farinha, farinha de tapioca.
dona Maria chegou, chegou, chegou,
com a mandioca
para fazer a farinha, farinha, farinha de tapioca.
para remexer, para remexer, para remexer
mexer, mexer, mexer, mexer.”
saiu-se com esta:
“Puta que o pariu! Quem é que não faz uma música bosta dessas?”.
Mamãe, pragmática, perguntou-lhe:
“E por que você não a fez?”.
Ao que ele respondeu:
“Eu não sabia que ia fazer sucesso!”.
Desde aquela época, menino, passei a ver que ainda existem inúmeras coisas a serem inventadas, músicas a serem compostas, poesias a serem escritas, que fariam enorme sucesso, enricando, inclusive, seus autores. Tanto acredito nisso que, certa vez, uma pessoa me pediu um presente e eu lhe presentei, para espanto dela, com um pequeno caderno pautado e uma caneta bic. Diante dos olhos arregalados da jovem para com o presente, expliquei-lhe:
- Com isso, querida, você pode se tornar a mulher mais inteligente e mais rica do mundo!
- Como assim?!
- Escreva a fórmula de um remédio para curar a calvície ou o câncer e você verá quão rica e famosa ficará. Ou componha um lindo poema, ou uma música de sucesso e a fama e a riqueza lhe estarão garantidas.
Ela sorriu desconfiada, mas concordou. “Mãos à obra, portanto, acrescentei”.
Por falar em tempo, veja esta:
Você sabe o que é arte, afinal? Se não, inspire-se:
Duas certezas ou dois conselhos? Decida.
e,
Abraços,
Osório
POEMEMOS:
Técnico e técnica.
"Sou técnico,
mas só tenho técnica dentro da técnica
fora dela sou louco,
com todo direito de ser.
Ouviram?"
Autor: li isso numa das paredes da Faculdade Direito da Universidade Federal do Amazonas, lá pelos idos de 1984, e era atribuída a quadrinha a Fernando Pessoa. Será?
e,
Inscrição para a cabana do eremita de Tsuei.
“O caminho dos simples coberto de musgo vermelho
a janela na montanha abrindo para o azul
invejo-te o vinho que bebes entre as flores
e todas essas borboletas que voam nos teus sonhos.
Autor: Tsieu Ki, China, século VIII da era atual.