Poesias

Você está aqui: Home | Poesias
In Poesia

Poesia: deleite-se ou delete-me (22.07.16).

Maraãvilhosos,

Muro do colégio Martin Luther, em Marechal Cândido Rondon no Paraná   Adriano

                                       Muro do colégio Martin Luther, em Marechal Cândido Rondon no Paraná.

 

Biblioteca Pública de Kansas City   Adriano

                                                                              Biblioteca Pública de Kansas City. 

 Escada de Pippa Branham   Adriano.

                                                                                                        Escada de Pippa Branham.

 

Histórias de Maraã.

 

Fiz curso de teatro por correspondência

(e outros estudos em Maraã)

 

Meus estudos pelos correios e o ex-padre Antônio (depois que deixou a batina para casar-se passou a chamar-se João Antônio).

Como em Maraã os estudos eram mais complicados/difíceis do que em outros lugares, a época, eu costumava estudar em e com material que adquiria pelo reembolso postal.

Estudei para fazer concurso para piloto da Força Aérea Brasileira, estudei para ser ator!

Comprava, por exemplo, apostilas do “curso Padre Reus” (acabo de olhar na internet e ele ainda resiste/existe! https://www.institutopadrereus.com/. Internet que, na época, nem se sonhava por lá), salvo engano.

Quando eu não compreendia a matéria, costuma me socorrer do ex-padre Antônio (outra hora lhes contarei a história dele com as formigas pretas), que sempre estava disposto a me ensinar. A ele serei eternamente agradecido e ao material que, certamente, me abriu os olhos para vários conhecimentos que, mais tarde, me ajudaram bastante.

Com João Antonio só não aprendi inglês, que outros colegas aprenderam, pois eu nunca consegui gostar da matéria. Depois, por preconceito contra os americanos e ingleses (nossos colonizadores culturais), deixei de estudar essa importante matéria.

Quando cheguei em Manaus para morar na casa do meu tio que me deu o nome, meus primos, ao verem meu livro sobre o “Curso de ator por correspondência” debocharam da minha ingenuidade. Isso, a princípio, fez com que eu tivesse vergonha de minha atitude. Passado um tempo, percebi que aquele curso foi muito importante para minha vida, pois foi meu primeiro contato com a arte, propriamente dita, que é uma das razões de ter me levado a vagar por muitos museus, por exemplo. Passei o dia inteiro no Ufizzi, em Florença, onde nem percebi o tempo passar, visitei o museu do Prado em Madri, o Louvre em Paris etc. Pobre dos meus primos, que, naquele livro, não sabiam que dele constava a peça "Eles não usam black-tie”, do Gianfrancesco Guarnieri!

 

Contei, certa feita, isso a uma amiga e nossa conversa foi:

- Mas, convenhamos, estudar teatro por correspondência é algo inusitado!.

- Concordo, mas “de tudo sempre fica um pouco”.

- Foi por isso que você, já em São Paulo, foi fazer curso de teatro e TV?

- Por aí você vê que ficou um pouco do meu inusitado curso!

Rimos.

Isso é a vida!

 

Até mais,

 

Abraços,

 

Osório

 

P.S.: As imagens acima que enfeitam esta publicação foram encaminhas pelo Professor Adriano Barbosa! Obrigado a ele.

Por falar em Kansas City, minha filha Antonia Angela, na toada da mãe, anda encantada com o filme "O mágico de Oz", tanto assim que quando perguntamos quem ela é a resposta diz: "Dorothy Gayo do Kansas"!

 

Também aprendeu com o Homem de Lata, que tanto lutou por um: “Agora sei que tenho um coração, pois sinto que ele está partido”!

 

POEMEMOS:

 

Adriana III

 

Andar por mundos desconhecidos é o meu desafio.

Destruir muros e cercas que aprisionam meus sonhos é minha missão.

Rir quando todos choram ou chorar quando todos riem.

Isso é a contradição que me guia.

A busca de ver o belo onde só há fealdade.

Nascer onde todos querem morrer

A contradição pela esperança é o meu astrolábio.

São Paulo, 13.09.04.

 

e,

 

Fátima

 

Festejam meus olhos quando te vêem.

As musas enciumam-se da tua beleza.

Tens em teu corpo e alma o que perseguem as deusas.

Isso é ruim! É perigoso!

Morte te desejam todas, pois todas te invejam.

Amar-te desejam os que te veem.

São Paulo, 13.09.04.

 

 

 

 

 

Você está aqui: Home | Poesias