(Ao ver uma flor como essa bate-me uma vontade de voltar a acreditar em algo! Obrigado ao Manolo Huerta)
Histórias de Maraã.
Quase sempre nos reuníamos no comércio (loja) da Família Pachola, de nome “Santa Marta” e lá ficávamos fazendo companhia para o França enquanto ele tomava conta (despacha os fregueses).
Todos nós, meninos, praticamente, ao chegarmos lá e sentarmos “líamos” em voz alta a marca de umas lanternas de pilha estampada em suas caixas: “Everede”!
Certo dia, avisado, o França pegou vários de nós nos fazendo repetir o nome que pronunciávamos automaticamente após a chega.
“Como é que é?”, perguntou.
“Everede”, todos respondíamos.
Após a terceira ou quarta repetição é que ele dizia: “Não sabe lê! Veja: é “evereadi”I Todos, menos ele, ficávamos com muita vergonha.
Líamos como estava escrito, ou como achávamos que o som era devido, sendo que a marca é “eveready”!
Mas o “Socorro” (Francisco Caldelis, nada de “Socorro”, portanto!) da D. Iuca um dia nos fez a merecida vingança.
França foi doente para Tefé. Depois de dias voltou e nos contou que ficou hospitalizado. E então soltou essa pérola:
“Lá eu tomava café 'com borra'”.
“Socorro não perdeu a oportunidade e perguntou:
“E lá eles não coam o café não?”.
Todos rimos, apenas o França ficou sério, e como era metido a valente, não rimos mais com medo de sua ira.
“Com borra”, na nossa linguagem queria dizer “muito”, mas tinha, também, obviamente, o significado que o “Socorro” lhe deu.
Ou seja, em Maraã já se fazia, sem saber “Filosofia Analítica”.
Por falar em Maraã, vejam o que um menino de lá, a despeito dele se dizer de Coari e do nome diferente, escreveu abaixo!
Estou quase acreditando que Maraã é um celeiro de poetas!
Até mais,
Abraços,
Osório
POEMEMOS:
“Meninas, coloquem os peitos dentro da blusa, mostrem menos a bunda, sorriam ao invés de fazer um bico de pato ridículo, abaixem o dedo do meio. E agora vocês vão ver quantos caras respeitáveis irão curtir as suas fotos pelo fato de serem lindas, não por serem fáceis. Vai por mim ;)”.
e,
“Se todos soubessem o quanto o sorriso é a curva mais linda do corpo de uma pessoa. Ah, o mundo virtual e real seria bem mais agradável.”.
Autor: Wendril Kalloan (21 anos).