Mais uma “dicona” de leitura. Cervantes é “muito demais”! Pelo Prólogo já o verão:
Abraços,
Osório
POEMEMOS:
Isto
01.04.1931
DIZEM que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é,
Sentir? sinta quem lê!
Autor: Fernando Pessoa, em "Cancioneiro".
e,
Bebo para esquecer.
Bebo para esquecer.
Uns dizem que é ruim.
Não pode ser.
Não busco ninguém,
Mas tão somente a mim.
Rio Branco/AC, 24.02.99.