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Você conhece o “seu” Joaquim Bezerra de Lira?

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Você conhece o “seu” Joaquim Bezerra de Lira?

 

Passados tantos anos, cerca de cinquenta(!), os detalhes vão se anuviando, mas acho que a história é a seguinte:

 

Viemos do Bom Futuro e chegamos em Maraã um pouco antes, ou muito próximo, à chegada do seu Joaquim Lira.

 

Eram os anos 70!

 

Era o casal Joaquim e D. Maria Anália de Souza Lira.

 

Vieram da ilha do Samaúma, da comunidade bom Jesus, no rio Japurá, nas proximidades da boca do rio Puré.

 

Não lembro quando o casal se tornou compadre e comadre dos meus pais (Juarez Barbosa de Lima e Maria Rosa Silva Barbosa), para mim parece que já nasceram compadres!

 

O casal já chegou com alguns dos seus filhos, ao que lembro já eram nascidos: Darcy, Zeneyde e Mineval.

 

Depois vieram mais, muitos mais (rs), dentre eles: Maria Aparecida, Maria Ivonete, Maria Rosilda, Mara Greice, Darcirley e António Ribamar (Toinho).

 

Todo esses estão vivos!

 

Deixaram os amigos e, com muita dor, seus pais, a Andreza, o Edival, o Sidney (o Carequinha) e a Ivoneide.

 

Andreza e Edival ainda esperam por Justiça!

 

É muita gente!

 

Hoje seu Joaquim e D. Maria Anália têm dezenas de netos e, penso, até bisnetos! Ou seja: estão com a posteridade garantida.

 

Vendo esse grande número de filhos, me recordo que, para nós, meninos de Maraã, algo que nos chamava muito a atenção era a disparidade de altura entre seu Joaquim e D. Maria Anália! Ele medindo cerca de uns dois metros e ela apenas cerca de um metro e cinquenta centímetros!

 

Nos perguntávamos – na época éramos curiosos, mas respeitadores – como eles “namoram”? Ele é tão alto e ela tão baixinha!

 

Não sabíamos, ainda, que, na horizontal as alturas se desmancham em amor!

 

A vida sempre se imita e se repete em algumas coisas, assim é que anos depois, Zeneide (que era apelidada de “Cobra”, não sei por qual motivo) casou-se com o “Sabá” Gama!

 

Qual a curiosidade nisso?

 

As alturas de Zeneide e “Sabá” repetiam as proporções dos pais dela!

 

Meninos admirados, comentávamos esse acontecimento.

 

Darcy logo namorou com o Deco e estão casados desde sempre!

 

Zeneide sumiu no mundo (mora em Manaus) e não a vejo faz muitos anos. Nas últimas fotos dela estava, agora, sim, uma mulher de verdade! Ganhara volume e mais beleza.

 

O Mineval era menor que nós e eu, particularmente, costumava “tentar educá-lo” com alguns cascudos, mas ele não era de buscar enfretamento físico.

 

Estes três últimos filhos citados foram aqueles com os quais mais convivi, os demais (Ivonete etc.) eram muito “pequenos” ainda.

 

D. Maria Anália, sempre sorridente, “não fazia mal à comida que comia”, como dizia papai. Sempre usando vestido florido e sempre com um corpo de modelos modernas: magrinha, magrinha!

 

Infelizmente a matriarca já nos deixou!

 

Seu Joaquim, que tinha tudo para ser metido a valente, pois seu corpanzil impunha respeito, nunca foi homem de andar envolvido em brigas e confusões. Ao contrário, sempre tinha um sorriso largo a oferecer.

 

Joaquim Lira é uma espécie de Martinho da Vila, exceto na tez! Com ele tudo parece ser "devagar devagarinho", exceto para reproduzir! Rs.

 

Durante um tempo “tirava” areia para a prefeitura! Creio que na administração de Odorico Bezerra e/ou Simão Netto. Trabalhava duro!

 

À noite, acompanhado de D. Maria Anália, estava sempre elegante!

 

Constantemente lembro de seu Joaquim e sua sandália de sola de cor marrom!

 

Já não estava mais morando em Maraã quando D. Maria Anália faleceu.

 

Já não estava mais morando em Maraã quando foi inaugurado o “Clube Rouxinol”!

 

Solteiro (viúvo), bonito, elegante e com capital (“grana”), seu Joaquim tornou-se irresistível para as moças belas (isto é uma redundância) de Maraã!

 

Ele, que sempre fora um marido exemplar, até onde sei (rs), correu atrás do que alguém poderia chamar, para facilitar o diálogo, de “prejuízo” e tornou-se um garanhão! Um grande namorador.

 

O local que elegeu para suas conquistas foi o “Clube Rouxinol”!

 

Foi nesta casa que fez a alegria de muitas damas e mulheres!

 

Foi lá que distribuiu sorrisos, abraços, beijos e outras coisas mais, tudo envolvido pelo seu perfume de macho delicado!

 

Seu Joaquim aproveitou a vida de solteiro, sempre com elegância e educação, coisa difícil para muitos brutos que pensam que ser homem é ser valente e mal educado.

 

Parabéns seu Joaquim pela vida que levou!

 

Soube que seu Joaquim não anda nada bem de saúde! Pouco fala e pouco reconhece os seus filhos e netos!

 

Mas, o fundamental: continua a distribuir o seu sorriso largo com o qual saúda aqueles que o conhecem e encantou muitos corações.

 

Que a vida lhe seja generosa seu Joaquim e receba desse seu amigo um longo e afetuoso abraço, que espero renová-lo pessoalmente quando, em breve, voltar à nossa cidade querida.

 

Inté,

 

 

Osório Barbosa